1. Aurora
A norueguesa Aurora Aksnes (que se apresenta, como Björk, só com o primeiro nome, para poupar embaraços aos habitantes de terras mais meridionais), começou por editar um EP em formato digital em 2015 – Running with the Wolves – e estreou-se em álbum, no ano seguinte, com All My Demons Greeting Me as a Friend. A menção a Björk feita acima não decorre apenas da opção de nome e da proveniência escandinava – Aurora tem afinidades com Björk na forma de cantar, na versatilidade de registos vocais, no inglês matizado por tonalidades escandinavas, na magistral fusão de pop, electrónica e músicas tradicionais (bem audíveis em “Churchyard”) e no dom de ser, ao mesmo tempo, sensível e zombeteira. Mas embora Björk seja uma excelente performer, não tem metade do azougue da pixie Aurora – All My Demons Greeting Me as a Friend é de aquisição obrigatória, mas não pode restituir a electricidade que é libertada nas suas actuações.
[“Churchyard”, uma nova canção, ao vivo no Kex Hostel, Reikjavik, no festival Iceland Airwaves/Live in KEXP, Novembro de 2018]