O Magnificat alude à Visitação – o anúncio a Maria pelo arcanjo Gabriel de que em breve será mãe do Messias – cuja festa, no tempo de Bach, se celebrava a 2 de Julho (em 1969 foi mudada para 31 de Maio), mas sabe-se que em 1723, em Leipzig, J.S. Bach estreou a primeira versão do seu Magnificat no dia de Natal, pelo que a obra assenta bem a um concerto desta quadra. Neste caso terá a companhia do Magnificat Wq.215 (H.772) que Carl Philipp Emanuel Bach compôs em 1749, que é a mais antiga obra sacra deste compositor que se conhece.
A interpretação será de Eduarda Melo (na foto) e Alexandra Bernardo (sopranos), Marina de Liso (mezzo-soprano), Marco Alves dos Santos (tenor), André Henriques (barítono) e do Coro Voces Caelestes, com direcção de Enrico Onofri, profundo conhecedor da música barroca (em tempos foi 1.º violino do ensemble Il Giardino Armonico).
[Excerto do do Magnificat de C.P.E. Bach, pelo Coro Accentus e a Insula Orchestra, com direcção de Laurence Equilbey, ao vivo na Philharmonie de Paris, 2015]
O concerto de fim de ano na Igreja de São Roque, a cargo do Coro Gulbenkian e dos Lisbon Consort Players, com direcção de Jorge Matta, inclui os Magnificats de Giovanni Gabrieli, João Lourenço Rebelo e Arvo Pärt.