Barba Azul rapta Judith à sua família para a tomar por esposa. Judith segue-o voluntariamente mas fica intrigada com sete portas fechadas que vê num salão do sombrio castelo de Barba-Azul. Uma curiosidade irreprimível leva Judith a querer ver o que as portas escondem e Barba Azul, contrariado, acaba por aceder às suas súplicas e abrir as portas. Do que cada porta oculta e do desfecho desta via sacra em que cada porta é uma estação, melhor será nada dizer. A ópera de Béla Bartók, sobre libreto Béla Balázs (inspirado em Charles Perrault) estreou em 1918 e é uma das obras-primas do século XX.
Terá a companhia de outra ópera célebre do século XX: La Voix Humaine (1959), de Francis Poulenc, a partir da peça homónima de Jean Cocteau – tal como esta, tem requisitos minimais de elenco (uma mulher) e adereços (um telefone).
Intérpretes: Kostas Smoriginas (Barba Azul), Allison Cook (Judith), Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Orquestra Sinfónica Portuguesa, direcção de Joana Carneiro, encenação de Olga Roriz; La Voix Humaine: Alexandra Deshotes (Elle).
[Excerto do episódio “A Quinta Porta”, por Nadja Michael (Judith), Mikhail Petrenko (Barba Azul) e Orquestra da Metropolitan Opera de Nova Iorque, com direcção de Valery Gergiev, Metropolitan Opera, 2015]