"Whipping Boy"
Ben Harper apresentou-se ao mundo com este single do álbum de estreia Welcome to the Cruel World. Uma versão relaxada e mais acessível de uma canção que, no original de Chris Darrow, era country assombrado e estranho.
É fácil ter preconceitos e fazer pouco de Ben Harper. Mas o que é certo é que ele já anda nisto há muito tempo, é senhor de um sucesso considerável, que se traduz em prémios ganhados e discos vendidos, e já foi a todas, do rock ao reggae, passando pela soul e folk – muitas vezes no mesmo disco, se não na mesma canção.
O cantor e compositor americano dá um concerto em Lisboa, quinta-feira, no Coliseu dos Recreios. E é uma ocasião tão boa como outra qualquer para fazermos um breve resumo dos seus 25 anos de carreira em 12 canções.
Ben Harper apresentou-se ao mundo com este single do álbum de estreia Welcome to the Cruel World. Uma versão relaxada e mais acessível de uma canção que, no original de Chris Darrow, era country assombrado e estranho.
O espírito de Bob Marley paira sobre esta cantiga de assumida inspiração jamaicana – mas com os pés (ou pelo menos os acordes) plantados no continente americano. Um hino pró-marijuana com vapores de reggae e onda pop soalheira.
É um dos melhores pedaços de folk na discografia do cantor e compositor. Incluída em The Will to Live, é uma valsa que bebe da tradição dos Apalaches, despida de artifícios e sem excessos de produção.
Ao longo dos três primeiros álbuns, ele molhou os pés em várias correntes musicais – country, soul, folk, reggae, rock, blues, funk, gospel – e em Burn to Shine, o primeiro disco de originais creditado a Ben Harper & The Innocent Criminals, continuou a ir a todas. “Less”, por exemplo, é heavy metal sem truques.
A faixa-título do quinto registo longo do cantor americano é pop para cantar à fogueira. E vai ao encontro da ideia pré-concebida que muita gente tem do homem e da sua música.
Em 2004, Ben Harper juntou-se aos históricos The Blind Boys of Alabama para um disco de gospel que se conta entre os mais coesos e internamente coerentes da sua carreira.
O duplo álbum Both Sides of the Gun, de 2006, é uma tentativa de organizar as várias facetas musicais do californiano. O primeiro CD é sobretudo acústico e está mais próximo da folk e da soul. “Waiting For You” é do melhor que lá se encontra.
A electricidade está à solta no disco negro de Both Sides of the Gun. “Engraved Invitation” é uma das melhores malhas rock do catálogo de Ben Harper, a lembrar os Rolling Stones.
E eis que, no final da década passada, montou uma nova banda, os Relentless7, com Jason Mozersky, que já tinha tocado com ele em Both Sides of the Gun, Jesse Ingalls e Jordan Richardson, dos Oliver Future. Deste encontro resultou White Lies for Dark Times, um disco de rock temperado pelos blues. E este foi o primeiro single.
“Can’t Get There From Here”, cantavam os R.E.M. no óptimo Fables of the Reconstruction, de 1985. Quase um quarto de século depois, Ben Harper e Ringo Starr (sim, o Ringo Starr) tocavam “Get There from Here”. A ginga indie da primeira não tem nada a ver com o psicadelismo instrumental da segunda, mas nunca é de mais lembrar que os R.E.M. foram uma banda do caraças.
Inspirados pelo espírito de Abril, escolhemos algumas das mais marcantes canções da revolução dos cravos.
Ligar a máquina de café. O botão está perro. Ligar a máquina de café, nada acontece antes disso. Se é dos resistentes e só bebe café na rua, certamente só fala depois disso. Bom, na verdade, a liberdade trouxe a possibilidade de acordar como quiser. Aqui para nós preferíamos que falasse baixo, mas cada um com a sua. A lista que se segue é isso mesmo: ambivalente. Há cinco canções para várias posturas e ritmos depois dos cereais acabarem. Recomendado: três novas modas de pequeno-almoço em Lisboa.
O Verão tem inspirado resmas de músicas e muitas são sobre surf, festas na piscina e “dolls by a palm tree on the sand” (Beach Boys dixit). Mas há canções pop de Verão que não se ficam pelo elogio das “cutest girls in the world” (as californianas, claro)
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