A Fnac dá-nos música em Setembro. Da Chick é o maior nome avançado para o primeiro dia do festival Fnac Live, que se realiza este fim-de-semana no Capitólio, no coração do Parque Mayer, enquanto os PAUS, que este ano editaram o álbum Madeira, são os cabeças de cartaz do segundo. O evento destaca-se ainda pela aposta em novos valores da música nacional, daqueles que se encontram na compilação Novos Talentos Fnac. Mas a maior notícia é a reunião dos Feromona. Algo que se deve a uma efémeride dupla. Lado a: a banda celebra os dez anos de Uma Vida a Direito, o primeiro disco. Lado b: já faz cinco anos desde que deixaram os palcos.
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O português Benjamim e o britânico Barnaby Keen partilhavam um ano de nascimento (1986) e um gosto por Chico Buarque. Quando deram por ela, estavam a fazer um disco juntos, com o nome do ano em que nasceram e influenciados pela música brasileira que os juntou.
Não é fácil delimitar a música dos PAUS. Nunca foi. É rock, só que não é bem, é electrónica, mas nem por isso, tem matemática e poesia, pulsação kraut e um calor tropical. Existe à margem de várias coisas, como uma ilha. Como a Madeira, que deu o nome e influenciou o seu mais recente disco, aliás videodisco.
A reunião dos Feromona foi a grande notícia e vai ser o grande momento do festival. Dez anos e outros tantos meses depois do primeiro disco, Uma Vida a Direito, e pouco mais de cinco anos depois do último concerto, em Julho de 2013 no MusicBox, a banda de Diego e Marco Armés, Bernardo Barata e João Gil vai voltar a pegar nos instrumentos e fazer rock. Se for só por uma noite, será uma grande noite.
Quando há uns meses nos sentámos para falar sobre o segundo álbum em seu nome, Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo, já Filipe Sambado estava a trabalhar num terceiro. E no Capitólio vamos poder começar a perceber com que linhas se cose o futuro disco, num concerto especial sem Os Acompanhantes de Luxo, ainda assim bem acompanhado por Violeta Azevedo (flauta e voz), Primeira Dama (voz e efeitos) e a actriz Cecília Henriques (voz). E, claro, Filipe Sambado aos comandos, na voz e guitarra.
Antigamente, em Portugal, falar em festivais de música ou em festivais de Verão era quase a mesma coisa. Mas há cada vez mais festivais de música durante o resto do ano. Sobretudo no Outono. Do Santa Casa Alfama, anteriormente conhecido como Caixa Alfama, que enche as ruas do bairro de fado e que este ano trocou o final do Verão pelo início do Outono, ao Super Bock em Stock, que se impôs durante anos como Vodafone Mexefest e calha mais uma vez naquela altura em que o Outono começa a virar Inverno, passando pelo OUT.FEST, o Jameson Urban Routes ou o Misty Fest. Eis os festivais de Outono a não perder em Lisboa.
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