MEO Sudoeste
© Nuno Fontinha
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Cinco concertos a não perder no MEO Sudoeste

A vigésima edição do MEO Sudoeste arranca a todo o gás na quarta. Eis os cinco concertos a não perder

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Como qualquer marca que muda de abordagem, o MEO Sudoeste mudou de vida. Está hoje transfigurado num parque de diversões para gente mais nova em busca de novas experiências, de preferência longe dos pais. Em vez de PJ Harvey, Beck, Moloko ou Portishead de outras edições, temos uma festa entre o novo hip-hop e a música house. Mac Miller, Crystal Fighters, Lil Wayne ou Two Door Cinema Club são outros destaques num cartaz que tem Jamiroquai como grande atracção capaz de mobilizar uma ou outra grupeta de adultos. 

Cinco concertos a não perder no MEO Sudoeste

Mac Miller

É fácil dizer mal de Mac Miller. Bom, na verdade é fácil dizer mal de tudo, mas é particularmente fácil dizer mal de Mac Miller. O americano, que os pais baptizaram como Larry Fisherman, é um rapper (e cantor e produtor) pequeno-burguês que, ao fim de quatro álbuns e uma data de mixtapes, parece continuar à procura da sua identidade. No entanto, parece ser um tipo porreiro, o sucesso comercial é inegável e onde muitos vêem falta de personalidade outros tantos encontram versatilidade. O concerto de quarta-feira, no Sudoeste, é uma boa oportunidade para tirar as teimas.

Two Door Cinema Club

Os irlandeses Two Door Cinema Club já andam nisto há dez anos. E a sua música indie, alimentada por sintetizadores e propelida por uma onda dançável, já se ouviu em mais do que um festival português. Escutou-se, inclusivamente, no MEO Sudoeste em 2012, semanas antes da edição do segundo álbum, Beacon. Estão de volta menos de um ano passado sobre a edição do terceiro registo longo, Gameshow, sem dúvida o conjunto de canções mais acessível que deram à estampa, mas nem por isso o menos inventivo.

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Crystal Fighters

À semelhança dos Two Door Cinema Club, os londrinos Crystal Fighters têm três discos longos no currículo e rodagem feita nos festivais portugueses. A estreia nacional aconteceu em 2010 no Milhões de Festa e, entretanto, já passaram por Paredes de Coura, pelo Optimus Alive e o Super Bock Super Rock. Agora vão dar cartas no MEO Sudoeste. Trazem consigo as canções electrónicas, sob a influência de músicas tradicionais espanholas e bascas, de Everything Is My Family, o álbum do ano passado. Dancemos com eles.

Lil Wayne

Tha Carter III era (e é) incrível. Quando foi lançado, em 2008, foi o culminar de nove anos de discos progressivamente mais excêntricos, hip-hop ensandecido de lírica maleável. Passaram-se mais nove anos, entretanto, e ouvimos a sua influência em muito hip-hop actual, de Drake a Young Thug e Lil Yatchy. Lil Wayne gravou e editou muita coisa nestes anos, mas nada de memorável, e não entra em estúdio desde 2015. Mesmo assim, o seu é um dos concertos mais esperados do festival. Afinal, as canções de Tha Carter III são eternas, e dominam o alinhamento.

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Jamiroquai

Os chapéus carnavalescos de Jay Kay, o vocalista e principal compositor que muita gente ainda confunde com os Jamiroquai, são problemáticos. São objectos estranhos – em todos os sentidos – que muitas vezes se sobrepõem à música da banda, um funk ácido e dançável produzido e aprimorado nas ilhas britânicas desde a década de 90. Ignoremos, por isso, os chapéus e as ideias pré-concebidas. Depois de sete anos de silêncio editorial, os Jamiroquai regressaram este ano com Automaton, uma adição valorosa à sua discografia. Que vamos poder ouvir ao vivo na Zambujeira do Mar.

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