O concurso internacional de canto Operalia, patrocinado por Placido Domingo e cuja edição de 2017 teve lugar em Lisboa, elegeu em 2016 como melhor voz feminina Elsa Dreisig. A soprano franco-dinamarquesa não tombou do céu para a Operalia: no ano anterior, já tinha obtido o segundo prémio no Concurso Rainha Sonja, em Oslo, e o Prémio Jovem Solista das rádios públicas francófonas. E as distinções de 2016 não se ficaram pela Operalia: foi também eleita Jovem Artista do Ano pela revista Opernwelt e Revelação Vocal do ano das Victoires de la Musique Classique. A coroar este reconhecimento, veio a assinatura em 2017 de um contrato de exclusividade com a Erato/Warner, que produziu, em Outubro passado, o primeiro fruto: o álbum Miroir(s), um recital de árias de ópera que coloca frente a frente as Julietas de Gounod e Steibelt, as Manons de Puccini e Massenet, as Salomés de Massenet e Strauss e as Rosinas de Rossini e Mozart.
No recital lisboeta, Dreisig concentra-se em Mozart e, em particular nas suas árias de concerto. Será acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, num programa que inclui a Sinfonia n.o 41 Júpiter, com direcção de outra jovem revelação: o israelita Daniel Cohen.