Sob a liderança de Robb Flynn, o único membro que se mantém na banda desde a sua fundação em 1991, os Machine Head garantiram a pulso o seu legado. Nunca foram a maior nem a melhor banda de metal, mas flirtaram com o mainstream (numa altura em que isso ainda era aquilo a que uma banda do género podia almejar), molharam os pés em várias correntes musicais, sobreviveram a modas e tendências. Hoje, ao contrário de muitos seus contemporâneos e dos que vieram antes, continuam a fazer música e a encher salas.
Não se pense, porém, que nunca deram passos em falso. Na viragem do século viraram as costas ao thrash dos primeiros discos e renderam-se ao chamamento do nu-metal e o resultado não foi feliz. Catharsis, lançado em Janeiro, parece um regresso a esse passado. Já os ouvimos ter ideias melhores, basicamente. E é esse disco que vamos ouvir em Lisboa. Porém, ao longo das duas horas e meia do seu concerto, há espaço e tempo para a fruição do thrash do passado recente e do início de carreira.
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