Nos últimos anos, o MEO Sudoeste reinventou-se. Já foi um festival de Verão de referência, povoado ao longo de sucessivas edições por nomes como PJ Harvey, Sonic Youth, Belle & Sebastian ou Gilberto Gil, entre muitos outros, mas hoje é uma coisa diferente. Um festival mais adolescente e onde as guitarras foram substituídas por electrónicas e hip-hop, sem os nomes que fizeram durante anos as delícias dos críticos de música e dos fãs mais velhos. Este ano, o campismo abre as portas a 3 de Agosto, e há DJ sets a partir dessa altura. Mas o começo oficial está marcado para dia 6 e o palco principal só é inaugurado no dia 7. Dia 10, as férias na Zambujeira do Mar chegam ao fim. Pelo meio, há concertos a não perder. Como estes.
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Palco MEO. 7 de Agosto.
A cantora brasileira já era um fenómeno no seu país natal há alguns anos, mas o álbum Kisses, editado em Abril, fez dela uma estrela internacional. Não só pelas colaborações com figuras de relevo como Snoop Dogg, Caetano Veloso ou Alesso, entre outros. Mas porque é o seu disco mais bem conseguido. E hoje, mais do que nunca, a sua pop electrónica é uma música verdadeiramente global, com elementos de r&b, samba, funk, mpb e reggaeton.
Palco Santa Casa. 7 de Agosto.
A música de Pedro Mafama é difícil de delimitar e descrever: é portuguesa e global, deste tempo e do próximo; tem qualquer coisa de trap, de kuduro, de fado e de outras músicas do mundo. Às vezes, tem isto tudo na mesma canção. Depois de um par de EPs, está a trabalhar no primeiro álbum. Enquanto não chega, o melhor é ouvir os seus "novos fados", como ele lhes chama, Zambujeira do Mar.
Palco MEO. 8 de Agosto.
Aqui há tempos, alguém descrevia uma das estrelas de emo-trap que saltaram do soundcloud para o mainstream nos últimos dois anos como um Post-Post Malone. Não interessa agora quem era o rapper em questão para se ficar com uma ideia de como Post Malone fez escola nos últimos anos, ainda que indirectamente. De regresso a Portugal, traz na bagagem o álbum Beerbongs & Bentleys, de 2018, um misto de trap, emo e pop.
Palco LG. 9 de Agosto.
Cinco canções no Youtube, uma participação numa canção de Mike El Nite e umas barras num anúncio da WTF. Até ao momento, a carreira de Sippinpurpp resume-se mais ou menos a isto e mesmo assim é um dos maiores nomes do trap nacional – “Sauce”, o platinado e deliciosamente hedonista single de 2018, foi visto quase sete milhões de vezes no Youtube nos últimos dez meses. O palco LG by Mega Hits vai ser pequeno para ele.
Palco LG. 9 de Agosto.
É o maior talento do emo-trap nacional. Começou a largar as primeiras malhas e a gerar burburinho no soundcloud há uns anos, mas desde que assinou pela editora de Profjam tornou-se grande e cada vez maior – os números não mentem, cada novo single tem mais escutas e partilhas (e em menos tempo) do que o anterior. Estamos à espera do primeiro álbum com o selo da Think Music.
Palco MEO. 10 de Agosto.
De origem albanesa, mas radicada em Inglaterra desde criança, Rita Ora é uma das estrelas pop do momento. Nos últimos anos colaborou com nomes como Tiësto, Avicii, Cardi B ou os companheiros de cartaz 6lack e Anitta, entre muitos outros, e chega a Portugal na senda do álbum Phoenix do ano passado.
Da Comporta à Zambujeira do Mar o que não faltam são motivos para ir e ficar, nem que seja só por uns dias. Turismos rurais, hotéis de charme e até um glamping no meio do nada mas perto de tudo.
São (só) 212 quilómetros que separam Lisboa de um paraíso de águas cristalinas, areias soltas e formações rochosas imponentes. A Zambujeira do Mar tem uma costa rasgada e vincada, perfeita para quem gosta de explorar segredos.
Peixe fresco e marisco, ou até uma boa carne de porco preto. Alguns dos melhores sítios para comer e beber na Costa Alentejana estão na Zambujeira do Mar e estas são as nossas sugestões para depois de um mergulho nos Alteirinhos ou na praia da Amália.
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