Com atitude e cadência punk e um som parido por entre os estilhaços do pós-punk mais esparso e dissonante, os irmãos Sean e Natalie McGhee fazem música honestamente vital. Daquela que parece ser uma questão de vida ou morte, e que provavelmente é mesmo, para ele e para ela, uma mulher trans. Escutar esta parelha de proletários de Glasgow é ouvir o dia-a-dia de cada vez mais povo espraiado em canções que versam sobre negócios sérios – questões de género, saúde mental, violência de classe e outros problemas sistémicos – com lírica engajada e sem rodriguinhos. Ainda a apresentar What’s Bad Enough? (2023), o seu primeiro álbum com o selo da venerável FatCat, estreiam-se nas Damas no primeiro de Fevereiro.
Convém chegar cedo para conhecer ou rever, na primeira parte, a maravilhosa miana. Compositora de música ambiental e cantora de uma pop etérea e beatífica, a lembrar uma jovem Sallim, lançou recentemente as primeiras canções como Pérola, em duo com Bejafor, mas há mais pérolas pop polidas a solo e espalhadas pelo Soundcloud.