O Ciclo Noites de Queluz encerra com concertos dedicados ao Classicismo, no sábado, e à “Música das Luzes”, ou seja, à transição entre o Barroco e o Classicismo, no domingo. Este último programa, a cargo da Orquestra de Câmara Portuguesa, com direcção de Pedro Carneiro, reúne três obras muito próximas no tempo: a abertura da ópera Amadis de Gaule (1779), de Johann Christian Bach, o filho mais novo de Johann Sebastian, que fez carreira em Londres mas também compôs para Paris; a Sinfonia n.o 84 In Nomine Domine (1787), de Haydn, composta para os Concertos da Loge Olympique, em Paris; e a Sinfonia Concertante B.113 (1792), de Ignaz Pleyel, um austríaco que fez carreira em Paris e Estrasburgo e foi dos compositores mais populares da viragem dos séculos XVIII/XIX.
Um dia antes, o Divino Sospiro, com direcção de Massimo Mazzeo, toca o Concerto para piano n.o 1, de Beethoven, numa versão de câmara (as reduções de música orquestral eram muito populares nos salões da aristocracia vienense), a Serenata para sopros K.388 e a ária “Ch’Io Mi Scordi di Te?” K.505, de Mozart. A soprano Eduarda Melo será solista na ária, a pianista Stefania Neonato será solista no concerto.