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Os concertos a não perder no Vodafone Mexefest

Com vários concertos à mesma hora, o Vodafone Mexefest é um festival de escolhas. Estas são as nossas.

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O Vodafone Mexefest é um festival de escolhas. Porque há vários concertos a acontecer à mesma hora, e cabe a cada um decidir o que vê e não vê, se vai a Destroyer ou Valete, a Sevdaliza ou Liars. Estas são as escolhas dos críticos Luís Filipe Rodrigues e Miguel Branco.

Killimanjaro

Sexta 24, 19.10

Em Barcelos come-se bem e rocka-se melhor. A prová-lo, mais uma vez, estão os Killimanjaro, três rapazes que fazem stoner rock do bom. O álbum de estreia, Hook, já saiu em 2014, mas houve um EP em 2016 para matar saudades. Enquanto não chega o novo disco, dá para ouvi-los no Capitólio.

Primeira Dama

Sexta 24, 20.30

Na Garagem EPAL vão ouvir-se as canções de Lisboa de Primeira Dama. Aconchegadas por teclados que tanto reflectem a pop americana como a canção portuguesa.

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Washed Out

Sexta 24, 21.30

Foi o maior nome da vaga chillwave de 2009, autor de uma electrónica lo-fi, nostálgica e enevoada. Na altura, pegou em memórias pop dispersas e tocou quem o ouviu. Agora, a sua música de então é ela própria uma memória de um passado recente. Para ouvir no Coliseu.

Destroyer

Sexta 24, 22.45

É o concerto mais aguardado por este que vos escreve. Veterano da cena indie canadiana e autor de um cancioneiro denso, com referências constantes à sua obra (anterior ou mesmo posterior) e à cultura indie-pop-rock, Dan Bejar é um dos grandes. Regressa a Lisboa e estreia-se no Coliseu dos Recreios com ken, o álbum deste ano.

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La Flama Blanca

Sexra 24, 00.00

A lenda. O ícone. O programador do MusicBox. O Pedro Azevedo. La Flama Blanca já é uma espécie de sinónimo de música latino-americana em Lisboa. Com ele atrás dos pratos, no MusicBox, não há cá festinhas (quer dizer, até há, mas é preciso pedir com jeito), há festões. E no sótão do Teatro Tivoli vai ser igual.

Sopa de Pedra

Sábado 25, 20.00

Come-se bem na taberna da Casa do Alentejo, mas não se come Sopa de Pedra – até porque não há disso no Alentejo. Nesta casa, porém, vai haver Sopa de Pedra. O conjunto de  mulheres, leia-se. Também não vêm de Almeirim, mas ouve-se todo o Portugal nas suas músicas, vozes e tradições.

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Luís Severo

Sábado 25, 20.30

O artista anteriormente conhecido como Cão da Morte partilhou este ano com o mundo o segundo disco com o seu nome. Um trabalho coerente, mais adulto, sobre a vida e os problemas da Lisboa contemporânea, gentrificada até ao tutano. No Tivoli.

Vaiapraia e As Rainhas do Baile

Sábado 25, 21.40

Rodrigo Araújo é uma parte importante da engrenagem DIY lisboeta actual e o cabecilha de Vaiapraia e as Rainhas do Baile, gangue queercore que este fim--de-semana toca na Garagem EPAL e lançou no final do ano passado o álbum 1755. Directo e honesto, revelador.

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Allen Halloween

Sábado 25, 22.50

É mais do que um rapper. É o cronista certeiro de um Portugal que poucos se aventuram a cantar. Um país no lodo, onde a maioria é obrigada a rastejar, onde viver custa e se faz custar. Nas suas canções ouvimos inúmeras violências, da pobreza que se expande sem reflexo mediático a um racismo que é sistémico e inescapável. Encontra-se, por estes dias, a trabalhar em Unplugueto, mas é pouco provável que o ouçamos, no Capitólio, neste registo.

Liars

Sábado 25, 23.45

Já deram vários concertos memoráveis em Lisboa, do Super Bock Super Rock ao Club Lua, passando pelo Lux. Hoje, todavia, confundem-se com o vocalista e principal compositor Angus Andrew e lançaram em Agosto TFCF, um disco de rock estranho e reciclagem electrónica que vamos escutar na estação do Rossio.

TNT

Sexta 24, 19.30

Carrega o rap almadense às costas. Primeiro com o mítico grupo M.A.C., mais recentemente a solo, já com dois discos, o último dos quais MDO, editado já este ano. Trabalho que TNT leva ao Palácio da Independência a convite da Ciência Rítmica Avançada, curadoria de Rui Miguel Abreu. Bela entrada no Mexefest.

IAMDDB

Sexta 24, 20.05

Há poucas coisas mais excitantes neste cartaz. IAMDDB tem raízes angolanas mas é de Manchester, cidade que preenche com groove, funk, rimas quentes. É sensualidade a potes, num flow ora trap ora chill, que pede dança ousada. Traz Hoodrich, Vol. 3, sete canções de poder feminino. Chegue cedo ao Capitólio.

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Odissee

Sexta 24, 21.20

O rapper de D.C. já cá anda desde 1999, quer enquanto elemento de Diamond District, quer a solo, com estreia em 2008. Mas só com The Good Fight e The Iceberg (já deste ano) se tornou maior. Quando acabar IAMDDB mantenha-se na fila da frente do Capitólio. R&b e hip-hop melódico para a Avenida consumir.

Valete

Sexta 24, 22.50

Dois discos bastaram para Valete ser um dos grandes do rap nacional. Mas a verdade é que já tínhamos deixado de esperar por um novo álbum, algo que parece bem mais próximo desde que disponibilizou “Rap Consciente” e “Poder” no Verão deste ano. No Capitólio esperamos ficar a saber mais.

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Hinds

Sexta 24, 23.45

Foi em 2014 que as Hinds saíram da garagem (a que soa a sua música). São as novas meninas bonitas da música indie espanhola. Têm passado a vida em Portugal, onde fazem o que tão bem sabem fazer: canções despenteadas e rockeiras. Perfeito final de noite na estação de comboios do Rossio.

Conjunto Corona

Sábado 25, 19.00

Não há ninguém como estes dois no rap nacional. Rebeldia irónica, gozo eterno, pontuado com a mão de Midas de dB, o melhor produtor português, e as letras inventivas e referenciais de Logos.  Abrem o dia nos bastidores do Capitólio. Será impossível não ficar divertido.

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Iguana Garcia

Sábado 25, 20.15

É uma das revelações que a música portuguesa nos deu em 2017. Cabaret Aleatório tem tocado à fartazana, disco de estreia de Iguana Garcia, homem-réptil que leva à guitarra para junto da mesa de mistura, e ainda adiciona frases que nos fazem voltar atrás na canção. A rave é na Garagem EPAL

Luca Argel

Sábado 25, 21.45

Quem não se lembra de Argel, central do Benfica especialista em pontapés de bicicleta na bandeirola de canto? Era um jogador bruto. Luca Argel, carioca que vive no Porto desde 2012, é o oposto.Artista delicado, em praia MPB, a recordar Buarque e Veloso. Vai ao Palácio Foz mostrar Bandeira, estreia em disco.

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Allen Halloween

Sábado 25, 22.50

É mais do que um rapper. É o cronista certeiro de um Portugal que poucos se aventuram a cantar. Um país no lodo, onde a maioria é obrigada a rastejar, onde viver custa e se faz custar. Nas suas canções ouvimos inúmeras violências, da pobreza que se expande sem reflexo mediático a um racismo que é sistémico e inescapável. Encontra-se, por estes dias, a trabalhar em Unplugueto, mas é pouco provável que o ouçamos, no Capitólio, neste registo.

Sevdaliza

Sábado 25, 23.45

ISON, editado em Abril, é o disco de estreia da artista iraniano-holandesa e uma maravilha. É um experimentalismo electrónico, engrenagens mecânicas com soul espacial. Actua no final da noite no Cinema São Jorge, onde a sua voz frágil e ampla (quase sagrada) irá gerar eco. Do bom.

Mais música

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Rock, jazz, metal, hip-hop, música indie, electrónica... Há muita música para ouvir na capital e muitos sítios onde ouvi-la. Eis as dez melhores salas de concertos em Lisboa, com música para todos os gostos e públicos. Desde pequenas salas com concertos gratuitos, como o Lounge ou as Damas, a grandes palcos como o Coliseu dos Recreios ou a Altice Arena. É só escolher.

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Ninguém se pode queixar de não ter o que ver e ouvir ao vivo em Lisboa. Todos os meses há pequenos e grandes concertos para ver e ouvir nas principais salas da capital. E em 2019 vão continuar a passar por cá grandes nomes da música popular global. Dos históricos Metallica, em Maio, a cantores de jazz-pop como Jamie Cullum, em Julho, ou Michael Bublé, em Setembro e Outubro, passando por esse fenómeno de popularidade que é Ed Sheeran, com duas datas esgotadas no Estádio da Luz em Junho. É só escolher. 

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