Encaremos isto como uma espécie de jukebox, mas em vez de chegarmos a um bar e metermos uma moeda no disco que queremos, pomos antes uma moeda no bar que queremos, pedimos uma bebida e esperamos que a nossa aposta corra bem ao nível da escolha musical. Isto partindo do pressuposto que não vamos às cegas, que sabemos o que queremos a invadir-nos os tímpanos e que, por muito que não seja a música que queríamos naquela altura, não andará longe. Os bares de jazz ocupam esse lugar, querer Chet Baker e levar com Miles Davis, querer Duke Ellington e levar com Coltrane. Nada mau. Assim se espera nestes que são os melhores sítios para ouvir jazz em Lisboa.
O SeixalJazz 2019 abre com Kenny Barron, pianista americano que tem Bud Powell e Thelonious Monk como principais referências, e encerra com a Monk’estra de outro pianista americano, John Beasley, que se propõe transpôr as composições de Monk para o século XXI. Como usual, os concertos no palco principal são complementados por concertos gratuitos no SeixalJazz Clube (Armazém 56/Arte Sx, antiga fábrica Mundet, às 23.00), em que actuarão o Fragoso Quinteto (Qui 17), o Daniel Neto Quinteto (Sex 18 e Sáb 19), o Miguel Rodrigues Trio (Qua 23), o Trio NoA (Qui 24), o Indra Trio (Sex 25) e o Jeffery Davis Quintet (Sáb 26).
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