Cadmus et Hermione, de Lully
Estreia: 1673, Paris
Monstros: Draco, o gigante, e o seu dragão
Enredo: Cadmus (Cadmo) está apaixonado por Hermione (Harmonia), filha de Marte e Afrodite, mas o pai pretende que ela se case com o gigante Draco. Para conquistar Hermione, Cadmus tem de enfrentar um dragão que intimidava toda a gente. Morta a besta, Cadmus recolhe os seus dentes e semeia-os sobre a terra, mas cada um deles se transforma num guerreiro que, incitado por Marte, lhe dá combate. Cadmus está à beira de ser subjugado por esta inesperada multiplicação de inimigos quando é salvo por intervenção divina: o Amor espalha a discórdia entre os guerreiros, que acabam por chacinar-se uns aos outros. Falta agora enfrentar Draco, que é um adversário formidável, mas Atena está do lado de Cadmus e transforma o gigante numa estátua de pedra.
Obra: Esta tragédie lyrique marca o início da colaboração de Jean-Baptiste Lully (1632-1687) com o libretista Philippe Quinault (1635-1688) e irá definir os moldes da ópera francesa durante os próximos 100 anos.
[Dueto do IV acto, entre Cadmus (o barítono André Morsch) e Hermione (a soprano Claire Lefilliâtre). Com Le Poème Harmonique, dirigido por Vincent Dumestre; a encenação de Benjamin Lazar e a coreografia de Gudrun Skamletz tentam aproximar-se dos usos da época. Esta soberba produção está disponível num DVD editado pela Alpha]