Tal como o CCB, a Orquestra Sinfónica Portuguesa comemora em 2018 o seu 25.º aniversário, pelo que encomendou a Luís Tinoco, um dos nossos compositores mais proeminentes, uma obra para assinalar a data. Cassini, de Tinoco, que estreia nesta ocasião, terá a companhia do poema sinfónico Also Sprach Zarathustra, de Richard Strauss, e do Concerto para violoncelo, de Walton.
Se Also Sprach Zarathustra (1896) é uma das mais conhecidas peças clássicas – ou, pelo menos, a sua refulgente “Introdução: Nascer do Sol”, usada na banda sonora de 2001: Odisseia no Espaço – já as obras de Walton raramente são tocadas fora do seu país, o Reino Unido.
William Walton (1902-83) começou por dar nas vistas logo aos 21 anos com a estreia do bailado Façade (1923), uma obra irreverente e plena de ironia, mas o resto da sua produção – que se espalhou por quase todos os géneros, incluindo ópera, música sacra e bandas sonoras para 13 filmes – adoptou um compromisso entre modernismo e tradição romântica. Uma das suas obras mais tocadas é o Concerto para violoncelo, estreado em 1956 pelo seu dedicatário, Gregor Piatigorsky.
Nesta ocasião, o solista será Johannes Moser e a direcção será de Joana Carneiro.
Intérpretes: Johannes Moser (violoncelo), Orquestra Sinfónica Portuguesa, direcção de Joana Carneiro.
[I andamento do Concerto para violoncelo, de Walton, por Julian Lloyd Webber e Academy of St. Martin-in-the-Fields, com direcção de Neville Marriner (Philips)]