Quem melhor do que Pedro Fradique, um dos responsáveis pela programação do Lux, para lhe dizer que noites não pode mesmo perder? Falámos com um dos ideólogos da melhor discoteca de Lisboa e devolvemos-lhe a conversa em discurso directo e mais que optimizada – data de actuação, nome do DJ, explicação da escolha e sets para cada um deles. Quanto aos motivos que determinaram esta agenda para o que ainda resta de 2016, a máxima é a seguinte (e também serve de resolução de ano novo): “Às vezes vale a pena insistir naquilo ou, melhor dizendo, naqueles em quem se acredita.”
"Foi uma das melhores surpresas quando cá veio em Janeiro. Ficámos com muita vontade de a ter de novo e foi óptimo termos conseguido ainda antes do final do ano. No próximo será certamente mais difícil porque ela está cada vez mais no centro das atenções de um público exigente e esclarecido."
"É um dos nossos preferidos há muito tempo. Não precisa de pretexto para cá vir mas traz um novo álbum na bagagem, um álbum cheio de colaborações de amigos, como nós de certa maneira já somos também. Vale a pena lembrar que foi dele, no fim-de-semana a seguir ao desaparecimento de Prince, um dos mais incríveis e catárcticos sets deste ano."
"As noites GreenRay são um eixo central da nossa programação. Ao longo dos últimos anos tivemos o privilégio de ver muitos dos artistas que mais admiramos aceitar o desafio de programar os dois andares do Lux durante uma noite. O resultado tem gerado alinhamentos únicos e o Mano, último curador do ano, é um bom exemplo disso: reuniu um elenco bem revelador do critério singular: Baikal, The Drifter, Gilb'r, Isolle Live e Maurice Fulton, para além do próprio Mano Le Tough."
"Um dos veteranos, um verdadeiro histórico do house americano que é talvez aquele que melhor acompanha a passagem dos tempos. Continua actualíssimo e é uma estreia no Lux da qual estamos tão orgulhosos como expectantes."
"Durante a residência da Resident Advisor no Lux, em Junho, o Seth (também ele um cúmplice de longa data) assinou um all night set (de quase sete horas) que foi uma coisa tão mágica e musicalmente transversal que é difícil explicar. Nós ficámos extasiados, ele também gostou muito, e combinámos logo que precisávamos de nos voltar a cruzar ainda este ano. Dias depois ficou marcada esta data (uma das últimas disponíveis)."
"Na verdade, foi ele que pediu para vir... Normalmente esta seria uma data em que ele tocaria no Fabric da sua Londres, clube cujo funcionamento, infelizmente, está suspenso. Nós nem hesitámos... Descobrimo-lo em 2012 numa curadoria GreenRay do Erol Alkan e nunca mais o largámos. Ele próprio também já foi curador de uma noite GreenRay! É um puto genial, com uma ética e uma sensibilidade de veterano. Alguém com um rumo próprio e distinto que é difícil encontrar."
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