Notícias

A colecção de relógios mais valiosa do país está em Lisboa e recebeu um prémio

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Publicidade

A Casa-Museu Medeiros e Almeida tem uma colecção de relógios com mais de 600 exemplares e recebeu agora um prémio do Anuário Relógios & Canetas, a única publicação do sector em Portugal.

A Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, recebeu o Prémio Especial do Júri no Grande Prémio de Relojoaria 2019, um evento promovido pelo Anuário Relógios & Canetas, uma publicação com mais de 20 anos de actividade. O prémio que promove a indústria relojoeira em Portugal tanto pode ser atribuído a uma pessoa como a uma instituição e desta vez foi esta ilustre casa a receber o galardão, por desempenhar um papel fundamental na promoção da relojoaria de alta qualidade.

©Casa-Museu Medeiros e Almeida

Mais do que a quantidade de relógios – cerca de 600 peças –, é importante realçar a qualidade da colecção criada pelo mecenas António Medeiros e Almeida que em 1943 transferiu para esta sua casa toda a sua coleção de artes decorativas. Ainda em vida, criou a Fundação Medeiros e Almeida (1972) e doou-lhe a casa, a colecção e basicamente todos os seus bens.

A casa-museu abriu ao público em 2001 e pode gabar-se de ter a colecção de relógios mais valiosa do país. Inclui, por exemplo, o relógio de bolso Junot/Wellington (na imagem de destaque), encomendado à Casa Breguet, em 1808, pelo general francês Jean-Andoche Junot. Cinco anos mais tarde morre Junot e o relógio passa por várias mãos até chegar a Wellington, outro general, mas inglês e seu rival durante as invasões francesas em território português. António Medeiros e Almeida comprou o dito num leilão em 1964.

Outro dos destaques da colecção é o chamado Relógio da Noite, construído por Edward East (1602-1697), relojoeiro-chefe da corte de Catarina de Bragança e Carlos II de Inglaterra. Datado de 1670, é um artigo raro nos dias que correm porque permite ver as horas no escuro através de uma candeia de azeite.

Relógio da Noite
©Casa-Museu Medeiros e Almeida

Mas nem só de relógios vive a Casa-Museu Medeiros e Almeida e durante a sua visita aproveite para ver terracotas e porcelanas chinesas desde a Dinastia Han (206 a.C.220); ou mesmo um altar-mor oriundo do Palácio dos Condes de Burnay em Lisboa.

Rua Rosa Araújo, 41. Seg-Sáb 10.00-17.00. 5€

+ Há livros orientais que são uma pechincha no Museu do Oriente

+ Rebenta a bolha: uma grande exposição de publicidade sem nada para vender

Últimas notícias

    Publicidade