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A consagração de Christopher Nolan: ‘Oppenheimer’ é o grande vencedor dos Óscares

‘Oppenheimer’ chegou à cerimónia em vantagem e acabou por arrecadar sete estatuetas, incluindo de filme do ano. ‘Barbie’ leva um prémio de consolação.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Oppenheimer
Photograph: Universal PicturesCillian Murphy as J Robert Oppenheimer
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Jimmy Kimmel foi, mais uma vez, o mestre-de-cerimónias dos Óscares, numa edição em que se destacou Oppenheimer. Pobres Criaturas foi a segunda produção mais galardoada, enquanto que a canção de Billie Eilish valeu o único Óscar da noite para o sucesso de bilheteira Barbie.

Oppenheimer arrecadou alguns dos principais prémios desta edição dos Óscares, com destaque para os de melhor filme e melhor realizador, consagrando Christopher Nolan junto dos seus pares, o homem que anteriormente já tinha chegado às nomeações com Memento (2001), A Origem (2010) e Dunkirk (2017). O filme sobre o criador da bomba atómica valeu também o Óscar a Cillian Murphy na categoria principal de actor; e a Robert Downey Jr. na de actor secundário, que assim conquistou o primeiro Óscar da sua carreira, após as nomeações em Chaplin (1992) e Tempestade Tropical (2008). Fotografia, edição e banda sonora original foram as restantes categorias que valeram a estatueta a Oppenheimer.

E foi Pobres Criaturas que se posicionou em segundo lugar no número de prémios conquistados, arrecadando quatro, embora a maioria tenha sido em categorias técnicas como Guarda-Roupa, Caracterização e Design de Produção, alguns dos elementos que estão em grande destaque nesta produção. O momento da noite para estas Pobres Criaturas, do realizador grego Yorgos Lanthimos, foi a vitória de Emma Stone, considerada a melhor actriz, uma vitória que repete após ter recebido um Óscar por La La Land (2016), na mesma categoria. O Óscar para melhor actriz secundária foi parar às mãos da actriz e cantora Da’Vine Joy Randolph, pelo papel em Os Excluídos, conseguindo o único Óscar da noite para o filme de Alexander Payne. Barbie, apesar de ter entrado na cerimónia com oito nomeações, venceu apenas o Óscar para Melhor Música, pelo tema “What I Was Made For?”, de Billie Eilish e Finneas O'Connell.

O Óscar para melhor filme internacional foi atribuído ao filme britânico A Zona de Interesse, que também venceu na categoria Som, batendo filmes como Oppenheimer, Maestro ou mesmo o último título da franquia Missão: Impossível. O melhor filme de animação foi para a produção japonesa O Rapaz e a Garça, que valeu o segundo Óscar a Hayao Miyazaki, após A Viagem de Chiiro (2002), em mais uma produção saída dos conceituados estúdios Ghibli.

No campeonato dos argumentos, foi American Fiction que convenceu a Academia a dar o Óscar de Argumento Adaptado a Cord Jefferson, autor de séries como Master of None ou The Good Place, enquanto que o prémio de melhor argumento original foi atribuído ao filme francês Anatomia de Uma Queda, cujo país de origem resolveu não concorrer à categoria de filme internacional. Um dos momentos da noite foi o ucraniano Mstyslav Chernov, realizador do documentário vencedor 20 Dias em Mariupol. “Quem me dera nunca ter feito este filme”, disse, quando subiu ao palco para receber o primeiro Óscar ucraniano. “Gostava de poder trocar isto por a Rússia nunca ter atacado a Ucrânia e não ter matado dezenas de milhares de ucranianos”, defendeu.

A política regressou ao palco mais no final da cerimónia, mas de forma mais leve, com Jimmy Kimmel a ler uma crítica que Donald Trump lhe fez na rede social Truth Social, criticando o monólogo de abertura como o de “uma pessoa abaixo da média que se esforça demasiado para ser algo que não é e que nunca poderá ser”. Kimmel leu a publicação e rematou: “Já não passou da hora de ir para a cadeia?”

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