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Quando chegarmos aos anos 30 deste século, Lisboa também será conhecida como aquela cidade de onde se vê muito bem a novíssima e elegante Margem Sul. A Cidade da Água e o novo Cais do Ginjal são os dois projectos com que Almada vai contribuir para essa mudança.
A Margem Sul será absolutamente diferente na próxima década. O projecto integrado que Almada, Barreiro e Seixal têm para o chamado Arco Ribeirinho Sul (ou Lisbon South Bay, para os investidores estrangeiros) vai reinventar toda a área industrial que se espraia junto ao Tejo.
O Governo quer transformá-la no motor económico do distrito de Setúbal e tem previstos 200 milhões de euros no Plano Nacional de Investimentos 2030, a fazer por privados, para ligar as penínsulas do Seixal e do Barreiro e entre o Barreiro e o Montijo, onde será construído o novo aeroporto, por travessias rodoviárias sobre os braços de rio.
O projecto inclui dois parques empresariais, um no Barreiro e outro no Seixal. Mas é em Almada que será feita a obra de encher o olho: os 115 hectares da Cidade da Água, que abarca o antigo estaleiro da Lisnave, vai criar “uma cidade dentro da cidade”, com habitação, comércio, escritórios, hotéis, centro de congressos, equipamentos públicos e uma marina. Um investimento que pode atingir os mil milhões de euros e será faseado ao longo de 14 anos.
Na margem de Almada virada para Lisboa, será revitalizado nos próximos oito anos o Cais do Ginjal – o passeio entre Cacilhas e o Jardim do Rio ficará bem mais convidativo. O Plano de Pormenor está em fase final de aprovação, mas deve incluir habitação, hotelaria, comércio, serviços, apartamentos turísticos, espaços públicos (mercados das artes e equipamentos de apoio). A câmara planeia investir 80 milhões de euros ao longo de oito anos. O Grupo AFA dará conta do investimento privado na zona: 250 milhões, ao longo do mesmo período.
Estes são dois dos 50 projectos que vão mudar Lisboa na próxima década e que lhe mostramos na revista desta semana.
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