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A nova encarnação de ‘Dragon Quest III’ apela à nostalgia dos velhos jogadores

‘Dragon Quest III HD-2D Remake’ recria o seminal videojogo japonês, sem perder a essência e a estética retro. Está aprovado.

Luís Filipe Rodrigues
Editor
Dragon Quest III HD-2D Remake
DRDragon Quest III HD-2D Remake
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★★★★☆

Dragon Quest III já teve várias vidas. Foi editado originalmente em Fevereiro de 1988, na Famicon (ou NES) japonesa, e traduzido para inglês e lançado nos EUA em 1992. Mais tarde, em 1996, foi actualizado para a Super Famicon (vulgo Super NES) e, no ano 2000, saiu uma terceira versão, para Game Boy Color, primeiro no Japão e depois nos EUA. A partir de então, continuou a ser reeditado em novos sistemas, incluindo a Wii, em 2009, dispositivos Android e iOS, em 2014, PlayStation 4 e Nintendo 3DS, em 2017, e Nintendo Switch, em 2019, sem sofrer quaisquer alterações. Até agora.

O novo Dragon Quest III HD-2D Remake, lançado em Novembro no PC e nas consolas PlayStation 5, Switch e Xbox Series X/S, recupera a estética 2D de alta definição de outros RPG (role-playing games, ou jogos narrativos) japoneses feitos sem orçamentos milionários, pela Square Enix, ao longo da última década – como Octopath Traveler ou a recriação de Live A Live em 2022, por exemplo. Ou seja, personagens pixelizados (neste caso, desenhados por Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball) movem-se sobre cenários poligonais, com uma perspectiva isométrica. É uma solução que mantém o apelo retro dos originais e puxa pela nostalgia, sem parecer tão datada.

A abordagem às mecânicas e sistemas de jogo foi semelhante. Foram recalibrados certos elementos e introduzidas algumas funcionalidades e novas opções de acessibilidade, porém o essencial mantém-se inalterado, incluindo os combates por turnos, simples, frequentes e essenciais para progredir na história. E ainda bem. Dragon Quest III é um RPG japonês seminal, talvez o mais importante dos 80s, e a nova versão mostra o que tornou especial, todavia introduz suficientes melhoramentos e comodidades para apelar a novos públicos.

O menos apelativo é a narrativa – como em quase todos os lançamentos desta popular franquia japonesa. Apesar de ser o terceiro e último título de uma trilogia que inclui também o primeiro e o segundo jogos (que vão ser refeitos em 2025, com a mesma estética HD-2D), os acontecimentos de Dragon Quest III HD-2D Remake passam-se primeiro. É o começo de uma história de fadas como tantas outras, com dragões, masmorras e cavaleiros heróicos. Que não surpreende, nem ofende.

Disponível para PC, PlayStation 5, Switch e Xbox X/S

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