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A primeira gala do Guia Repsol para Portugal acontece em Santarém em Abril

O maior guia gastronómico de Espanha, grande concorrente do Guia Michelin, está de volta a Portugal. Os primeiros sóis entregam-se a 7 de Abril no Convento de São Francisco.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
Guia Repsol
DR | | Os chefs espanhóis que possuem a distinção mais alta do guia: três sóis
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O anúncio do regresso do Guia Repsol a Portugal foi feito em Espanha no ano passado e desde então que a marca se tem vindo a mostrar por cá, com as inspecções aos restaurantes a acontecer desde o Verão. A festa de entrega dos primeiros prémios estava prometida para 2025 e sabe-se, desde esta terça-feira, que vai acontecer em Santarém, no Convento de São Francisco, a 7 de Abril. 

“Estão a acontecer coisas maravilhosas em Portugal, não tem nada a ver com 2015 [ano do último levantamento do Guia Repsol em território nacional]. Estamos a sentir o pulso da gastronomia, estamos a encontrar pessoas jovens, restaurantes evoluídos”, começou por dizer María Ritter, directora do Guia Repsol, na conferência de imprensa que aconteceu esta terça-feira, na Manja Marvila, destacando o “momento explosivo” que a gastronomia nacional vive. 

No final de 2024, em jeito de apresentação do guia à imprensa nacional, Ritter já antecipava que a gala que pretende distinguir os melhores restaurantes do país aconteceria fora de Lisboa e no Porto. “O Guia Repsol só podia voltar em Santarém”, celebrou João Teixeira Leite, presidente da Câmara de Santarém, lembrando a relação de 20 anos com a petrolífera, “parceira principal do Festival Nacional de Gastronomia e da Feira Nacional de Agricultura”. 

Repsol
DRA apresentação da primeira gala aconteceu esta terça-feira na Manja Marvila

Marcada para 7 de Abril, quase um mês depois da gala em Espanha, que acontece a 17 de Março em Tenerife, a entrega dos sóis – símbolo que distingue a Repsol – será apenas um dos vários momentos planeados para a cidade, que se pretende afirmar como a “capital da gastronomia”. “Teremos quatro a cinco dias de iniciativas que vão envolver e comunidade ligada à gastronomia, mas também a população”, revelou. “Existiam outros municípios na calha e Santarém foi a escolha”, apontou o autarca, para quem o “renascer do Guia Repsol é um marco das nossas vidas”. 

À semelhança do que acontece com a Michelin, o Guia Repsol premeia anualmente os melhores restaurantes do país, enquanto promove diferentes roteiros. A marca chegou a estar em Portugal, mas sem nunca ter conseguido grande destaque. O objectivo agora é fazer tudo tal como acontece em Espanha, com inspectores recrutados por cá – cerca de duas dezenas – e uma gala para celebrar o meio. 

Ao contrário do que acontecia, porém, o guia não será impresso, mas apenas digital, como explicou o administrador-delegado da Repsol, em Portugal, Armando Oliveira, defendendo a opção com a escolha de um caminho mais sustentável. “Além de estar no dia a dia das pessoas, na mobilidade e no lar, queremos estar fora de portas e fazer parte do lazer”, contextualizou. “O que é que nos faz sair de casa? Um bom restaurante, um bom convívio”, continuou. “Queremos levar Portugal a outra dimensão. Vou sair de casa e o meu destino vai ser um dos restaurantes recomendados.” 

Na mesma apresentação, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, afirmou a necessidade de se conquistarem mais eventos como o Guia Repsol para Portugal. “Significa captar mais riqueza e distribuir riqueza”, disse, sem revelar os valores envolvidos nesta cerimónia. 

Já em comunicado, a Repsol fez saber que nesta primeira Gala do Guia Repsol em Portugal “será reconhecido o trabalho de mais de 250 restaurantes entre Sóis e Recomendados, reforçando o papel da gastronomia como motor de desenvolvimento nacional”. “Será também desvendado o Sol Sustentável do país, uma distinção que valoriza os restaurantes que se destacam pelo seu compromisso ambiental e pela utilização de produtos locais e práticas sustentáveis”, lê-se na nota. E María Ritter fez questão de frisar que nenhum território do país foi deixado de fora, ilhas inclusive. De recordar que no Guia Michelin, por exemplo, não há um único restaurante açoriano. 

Quanto às distinções dos restaurantes pela Repsol, um sol corresponde a um restaurante com boa qualidade e serviço, que se recomendaria a um amigo e onde se voltaria; os dois sóis, a um espaço onde se aposta em bons produtos preparados com muita técnica; e os três sóis onde a experiência, do serviço à comida, é irrepreensível.

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