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Foi através do Zoom que decorreu a apresentação das celebrações de mais um Ano Novo Chinês em Lisboa. Um evento co-organizado pela Embaixada da China e pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) que costuma levar muitas pessoas à rua, do Martim Moniz à Alameda, mas que este ano se irá refugiar na segurança do mundo digital.
A partir das 11.00 de 28 de Janeiro, a programação ficará disponível em anonovochines.pt – um site ainda em construção – e irá inclui “muitas atracções culturais de artistas da China, Portugal e Macau”, explicou Li Ji, conselheira cultural da Embaixada da República Popular da China. O festival não terá os seus habituais desfiles de rua e actividades ao ar livre, mas há pelo menos um elemento que não ficará confinado: ao longo da Rua da Palma e Avenida Almirante Reis, entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, serão instaladas as tradicionais lanternas vermelhas, um acto simbólico já que estas lanternas representam prosperidade e boa sorte. E estamos todos a precisar.
O ano do boi – ou do búfalo, como traduziu Choi Man Hin, presidente da Associação dos Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa – começa oficialmente a 12 de Fevereiro. As celebrações de um novo ano, também conhecidas como a Festa da Primavera, começam mais cedo e Choi Man Hin espera que mantenham "a esperança de que todos vamos ultrapassar este momento tão difícil nas nossas vidas".
"As celebrações [do Ano Novo Chinês] constituem um marco da cidade de Lisboa e são porventura as celebrações da comunidade estrangeira residente em Lisboa que têm mais significado e maior participação", disse Alberto Laplaine Guimarães, secretário-geral da CML que este ano lamenta não ver as ruas cheias de cor e de som. "É um momento de alegria que infelizmente este ano não vamos ter porque a pandemia deixou o mundo de pernas para o ar. As preocupações aumentaram e principalmente a necessidade de salvaguarda de toda a comunidade".