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O mote lançado para a edição deste ano – “Risca e arrisca!” – foi tomado à letra pelos 1823 autores, que apresentaram mais de 3500 propostas de 63 países. Entre as 2587 nacionais e as 995 estrangeiras, o júri da 13.ª edição do concurso, um conjunto dos trabalhadores da EGEAC, decidiu-se por quatro sardinhas portuguesas e uma dos Países Baixos. As artistas são todas mulheres, com idades compreendidas entre os 17 e os 42 anos, e cada uma receberá um prémio no valor de 1500€.
Abrileira, de Mónica Marques Monteiro, evoca os 50 anos do 25 de Abril, com cravos vermelhos a surgir das entranhas da sardinha. “Em tempos de instabilidade política, guerra e inquietação, é necessário lutar pelo que nos é inerente: a liberdade. A revolução está dentro de nós”, escreve a artista, que procurou, através de pintura digital, fazer uma “dissecação” do que chama “rebeldia intrínseca”.
Já Inês Forte decidiu retratar O Saber da Sardinha, transformando-a numa livreira-viajante, com direito a uns óculos e tudo. “Esta sardinha, que já muito viajou, traz-te o mundo!”, promete, empenhada em promover os benefícios da leitura, como o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade.
Para outras duas das sardinhas distinguidas, a inspiração veio da gastronomia. A portuguesa Carolina Carvalho, revoltada com o aumento dos preços de produtos alimentares essenciais, oferece-nos Ao Preço do Ouro, uma sardinha que é uma garrafa de azeite.
Por sua vez, Mariëlle van der Gouw, dos Países Baixos, preferiu homenagear o seu amor por queijo, com Cheesy, uma sardinha-queijo, onde repousa um ratinho já saciado.
Por fim, Beatrizarte, como se apresenta Beatriz Vaz de Carvalho, antecipa as festas populares com A Varina, que vestida a preceito, de cesto na cabeça, anuncia sardinhas fresquinhas.
Como é habitual, as cinco sardinhas vencedoras devem ser expostas pela cidade a partir de Junho. No ano passado, era possível encontrá-las no interior dos autocarros lisboetas, numa parceria entre a EGEAC e a Carris.
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