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Abram alas ao Príncipe Real que o festival vai começar

De 4 a 8 de Outubro, o Príncipe Real ganha um festival de bairro com visitas guiadas, música, lições de latoaria, yoga ou happy hours. Esta é a primeira edição do Bairro Real, uma operação de intimidade entre lisboetas, visitantes e património.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Príncipe Real
Fotografia: Gabriell VieiraJardim do Príncipe Real
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O que há de tão especial no Príncipe Real? O banco ao redor do cedro onde João César Monteiro gostava de se sentar? As queijadas da confeitaria Cistér, onde Eça de Queiroz tomava o pequeno-almoço? O olhar corrido até ao rio, pela Rua de São Marçal? A lista é extensa e não se limita a locais de visita. Envolve pessoas, conversas, negócios e vibrações de bairro. Mas para quem, no vaivém dos turistas, se possa sentir algo apartado da vivência do Príncipe Real (e para todos os outros), a Associação Príncipe + Real decidiu abrir-lhe as portas durante cinco dias.

Entre 4 e 8 de Outubro (de terça-feira a domingo), o festival Bairro Real começa com sessões de yoga no Jardim do Príncipe Real (todos os dias, às 9.30) e continua com workshops nas áreas do restauro, latoaria ou bebidas, visitas guiadas a vários espaços do bairro (como o Jardim Botânico) ou um desfile de moda. Cinema (Águas do Pastaza, de Inês T. Alves, é exibido no Parque Mayer), visitas a exposições de artistas que são moradores (como no Espaço Cultural das Mercês e na sede do Automóvel Clube de Portugal) e conversas – acerca do futuro do Largo do Rato (dia 4, às 17.30, no Luiza Andaluz Centro de Conhecimento), do conceito de “cidade dos 15 minutos” (dia 4, às 10.00, na Brotéria) ou sobre como ser um cidadão participativo (dia 7, às 11.00, no Convento de São Pedro de Alcântara) – também fazem parte do programa.

A associação conseguiu, ainda, a adesão do comércio local, que oferece descontos especiais e happy hours nos dias do evento (EmbaiXada, Livraria da Travessa e Atalho Real são alguns dos aderentes). No âmbito de estruturas privadas, algumas empresas, como a Uzina ou a EastBanc, abrem as portas dos seus escritórios, dando-se a conhecer. “É uma oportunidade para vizinhos, estudantes e profissionais ficarem a conhecer melhor estas empresas, e a sua actuação no bairro e no mercado”, explica a organização.

Ter oportunidade de conversar, parar e olhar, ou seja, conhecer melhor é, aliás, a premissa central deste evento. É também isso que se espera que aconteça na venda de garagem de domingo, na Praça das Flores (dia 5); no almoço comunitário na sede da Associação Príncipe + Real (Praça do Príncipe Real, no dia 8); ou no concerto de piano de um artista e morador do bairro, realizado no conceito de ‘casa aberta’” (dia 8, às 17.00, no número 30 da Rua Professor Branco Rodrigues).

A Associação Príncipe + Real foi criada há dois anos com o objectivo de criar uma rede de proximidade na comunidade local, envolvendo pessoas e instituições. Desde então, tem organizado diferentes iniciativas de cariz comunitário, como mercados, karaokes ou “almoçaradas” entre vizinhos. Em 2023, vê o seu trabalho culminar no Bairro Real, que “surge como uma extensão deste compromisso, destinado a tornar-se numa tradição anual que celebra o bairro feliz”, como resume Patrícia Luz, representante da organização.

As actividades previstas são todas de entrada livre, estando algumas sujeitas a inscrição ou à capacidade do espaço. 

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