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É graças a Celeste Martins Caeiro que o cravo é o grande símbolo do 25 de Abril. Foi por um mero acaso que as flores lhe foram parar aos braços, mas não foi sem querer que Celeste começou a distribuir cravos no dia 25 de Abril de 1974, as flores que acabaram por simbolizar a revolução que ditou o fim da ditadura do Estado Novo. Conhecida como Celeste dos Cravos, morreu esta quinta-feira com 91 anos, no ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril.
A notícia da morte de Celeste Martins Caeiro (n. 1933) foi avançada pela neta Carolina Caeiro Fontela na rede social X, numa publicação em que escreveu: “Para sempre a minha Avó Celeste ❤️ Olha por mim 🤍”, texto acompanhado por uma imagem das duas no último desfile do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
A história dos cravos começa no edifício Franjinhas, onde Celeste trabalhava num restaurante. Inaugurado a 25 de Abril de 1973, um ano depois o espaço preparava a festa do primeiro aniversário e, para o efeito, foram encomendados cravos vermelhos e brancos para serem distribuídos pelos clientes. A festa acabou por ser cancelada, mas Celeste decidiu pegar nos cravos vermelhos e encaminhou-se para o coração dos acontecimentos do dia. Em entrevista à revista Tempo Livre (edição de Abril de 1999), do INATEL, Celeste contava: “Os militares pareciam simpáticos. Sorriam para a gente. Um deles pediu-me um cigarro. Eu não tinha cigarros… Dei-lhe um cravo e ele meteu-o no cano da espingarda. Fiquei tão contente…”.
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