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Era plausível que o Teatro Romano, à data da sua concepção e uso, se prolongasse até à área dos primeiros números pares da Rua de São Mamede, entre a Sé e o Castelo. Mas já ninguém esperava que dessa face restasse alguma prova. "O mais provável seria que quaisquer vestígios arqueológicos tivessem sido retirados ou danificados" com a construção, em 1958, do edifício número 6 daquela rua, explica o Museu de Lisboa (que gere o Teatro Romano), num comunicado enviado às redacções. Mas nem tudo o que se prevê é. E a equipa coordenada pela arqueóloga Lídia Fernandes ali descobriu "novas estruturas e em perfeitas condições de preservação".
As escavações decorreram entre os dias 2 e 12 de Dezembro, no edifício contíguo ao sítio arqueológico do Teatro Romano, dando a conhecer peças "em muito melhores condições do que as que neste momento se podem ver no sítio arqueológico do Teatro Romano de Lisboa", diz a instituição. Ao olho de um leigo, a estrutura descoberta parece vulgar (talvez também assim tenham pensado os construtores do edifício dos anos de 1950). No entanto, é "a parte inferior em que assentava o muro do proscénio, que separava o palco da área reservada aos espectadores". E "parece que foi acabado de fazer", "a argamassa não tem uma beliscadura", regozija-se a coordenadora das escavações e também do Museu de Lisboa – Teatro Romano.
Apesar do entusiasmo, as escavações param por aqui e também não há garantias de que as recentes descobertas possam ser apreciadas pelos visitantes. "Para poderem ser usufruídas pelo público, será necessário equacionar o futuro do edifício integrando-o na zona envolvente com um projecto mais amplo e pensar, de forma mais global, na protecção do sítio arqueológico", explica a instituição por escrito.
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