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Era a grande questão sobre o futuro do Rock in Rio Lisboa: iria o festival regressar à Bela Vista na próxima edição? A resposta é não. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e a vice-presidente executiva do Rock in Rio, Roberta Medina, reuniram-se mais uma vez no Parque Tejo, este domingo, derradeiro dia de concertos, para anunciar que é ali mesmo que o festival vai acontecer em 2026, e daí por diante. A mudança é definitiva.
O Rock in Rio Lisboa acontece de dois em dois anos. Quando, em Outubro de 2023, a organização revelou que o Parque Tejo seria o palco da edição dos 20 anos do festival, Roberta Medina destacava sobretudo a necessidade de recuperar o Parque da Bela Vista – de fazer uma intervenção técnica no prado, seguido de um “pousio”. E que a mudança em 2024 para a margem do Tejo acarretaria um compromisso da autarquia para isso mesmo.
No entanto, a promotora já se mostrava “apaixonada” pelo Parque Tejo e pela “infra-estrutura divinal” que o servia. Sem esquecer a área de 30 mil metros quadrados, “mais que o dobro da Bela Vista inteira”, como sublinhava então. O namoro deu em casamento. Mas não sem provações: mesmo mantendo a lotação diária de 80 mil pessoas num espaço muito maior, foram evidentes as dificuldades de mobilidade dentro do recinto.
No Portal das Queixas, as reclamações aumentaram 97% face à edição passada do Rock in Rio Lisboa. Algo que a organização já desvalorizou em dois comunicados. “A nova Cidade do Rock construída no Parque Tejo foi aprovada pelo público, que logo depois do primeiro fim de semana considerou melhor a mudança do festival para o novo recinto. 70% dos participantes do estudo de recinto realizado pela Multidados consideraram melhor a mudança para o Parque Tejo, num universo de 1200 participantes, com uma margem de erro de 3,99% e grau de confiança de 95%”, lê-se no mais recente.
O Rock in Rio Lisboa esgotou em três dos quatro dias do festival – 15, 16 e 23 de Junho, ou seja, os que viram subir aos palcos nomes como Scorpions, Evanescence, Extreme, Ed Sheeran, Calum Scott, Doja Cat, Camila Cabello ou Ne-Yo. O dia 22, de Jonas Brothers, Macklemore ou James, ficou-se pelas 60 mil pessoas, segundo a organização, que contabilizou um total de 300 mil entradas ao longo dos dois fins-de-semana.
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