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Alkantara Festival faz-se de velhos, trabalho e sonhos para o futuro

Entre 15 de Novembro e 1 de Dezembro, há muitas performances e peças para ver pela cidade. Destacam-se os nomes internacionais, que vêm um pouco de todo o lado.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
Wayqeycuna, de Tiziano Cruz
© Matias GutierrezWayqeycuna, de Tiziano Cruz
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A menos de um mês de começar a próxima edição do Alkantara Festival, ficamos a conhecer tudo o que por lá se vai apresentar. De 15 de Novembro a 1 de Dezembro, há 14 espectáculos de teatro, dança e performance para ver, e ainda festas e oficinas. 

Aos nomes já anunciados, juntam-se agora mais criações nacionais e internacionais que vão correr a cidade. A 16 e 17 de Novembro, no CCB, o argentino Tiziano Cruz apresenta Wayqeycuna, que procura ser uma homenagem aos conhecidos do artista que já morreram e também a comunidades sob ameaça. No TBA, nos mesmos dias, Nigamon/Tunai, da canadiana Émilie Monnet e da colombiana Waira Nina, chega-nos da vontade das duas artistas interdisciplinares de forjar relações entre povos indígenas dos hemisférios norte e sul.

O corpo está aqui, fora de campo é apresentado no Espaço Alkantara, a 19 e 20. Criado pela investigadora e artista libanesa Alia Hamdan, o espectáculo explora a experiência de uma mulher que está em coma desde a explosão do porto de Beirute, em 2020. Entre 21 e 23, no São Luiz, com Volta Para a Tua Terra, Keli Freitas dá a conhecer uma história em torno da pertença e da imigração. 

No estúdio do CAM, a 23 e 24, Deveríamos Estar a Sonhar, da coreógrafa Sonya Lindfors e da autora e activista Maryan Abdulkarim, é um projecto que convida o público a sonhar futuros utópicos em conjunto. Também nesses dias, na Culturgest, o francês Mohamed El Khatib apresenta A vida secreta dos velhos, que pretende ser um manifesto em torno da vitalidade e do desejo, a partir dos testemunhos de pessoas entre os 80 e os 100 anos. 

MIKE, de Dana Michel, ocupa o espaço do Winter Garden, em Marvila, entre 29 de Novembro e 1 de Dezembro. Numa performance em que a artista recupera a estética de um dia de trabalho, é questionada a cultura do trabalho, a expectativa da eficiência do corpo e a descaracterização do indivíduo. 

A terceira edição da Mostra.BRABA tem lugar neste último fim-de-semana, a 29 e 30. Gaya de Medeiros está encarregue da curadoria do programa, que inclui obras de três artistas sobre a transmissão enquanto passagem de informação, energia e ancestralidade entre as pessoas envolvidas num encontro. Artemis Chrysostomidou apresenta Ovos Crus, dai ida apresenta Breves Notas Sobre a Digestão, e Àkila a.k.a Puta da Silva interpreta canções que marcaram a carreira de Gal Costa. 

Nos mesmos dias, na Casa Independente, a rede Terra Batida dinamiza Cartas de Fogo. O programa inclui performances, assinadas por Ellen Pirá Wassu, poeta indígena, Ritó Natálio, escritor e performer, e Uýra Sodoma, artista indígena, que procuram promover conversas entre Portugal e Brasil, onde o fogo se apresenta como condutor de reflexões. 

Ao longo do festival, há ainda oficinas, um programa de festas e exibições de filmes. Toda a programação está disponível no site do Alkantara.

Vários locais (Lisboa e Almada). 15 Nov-1 Dez. Vários horários. Vários preços

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