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Alvalade e Campo de Ourique vão ter dois novos parques de estacionamento

Construção de novos parques deve terminar em 2025. Câmara diz que aposta em estacionamento não contraria agenda da sustentabilidade.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
Jornalista
Carlos Moedas e Hugo Vieira da Silva no arranque da obra em Campo de Ourique
DR/Junta de Freguesia de Campo de OuriqueCarlos Moedas e Hugo Vieira da Silva no arranque da obra em Campo de Ourique
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Não era o único parque de estacionamento aguardado pela Junta de Freguesia de Campo de Ourique, mas é pelo do Bahuto, na Rua Padre Francisco, que começa o aumento do número de lugares de estacionamento nesta zona da cidade, neste caso, 89. A construção do edifício de três pisos arrancou esta quarta-feira, 19 de Junho, e tem o prazo de 12 meses, prevendo lugares "maioritariamente destinados a estacionamento para residentes". O exterior, explica a Junta através das redes sociais, contará com "oito sistemas de jardins verticais e centenas de novas flores e arbustos". Fica por conhecer a data de lançamento da obra do parque de 500 lugares no Pátio das Sedas, prevista ainda para este ano pela EMEL.

No bairro para onde está planeada para breve a chegada do metropolitano (embora as obras estejam atrasadas), a dificuldade em estacionar tem sido apontada como "uma das maiores preocupações dos moradores", de acordo com a Junta. Em Dezembro, o então presidente do organismo, Pedro Costa (que abandonou funções em Abril, tendo sido substituído por Hugo Vieira da Silva) dizia à Time Out que não havia "meio de [os parques de estacionamento planeados pela EMEL] saírem do papel", sugerindo que eram uma prioridade para a freguesia, que se debelava constantemente com situações de estacionamento abusivo.

Além deste novo silo que surge junto à Travessa do Bahuto, a EMEL havia disponibilizado, em Maio, 680 lugares para residentes em Campo de Ourique, 581 dos quais apenas no período nocturno. 

Alvalade com 230 lugares para carros

Na mesma linha de investimento, segue-se Alvalade, freguesia que viu ser aprovada esta terça-feira, na Assembleia Municipal, a construção de um parque de estacionamento de 230 lugares junto ao mercado (onde já existem 115 lugares de estacionamento), entre a Avenida Rio de Janeiro, a Avenida da Igreja e a Rua José Duro. Com conclusão prevista para o início de 2025, a estrutura ocupará uma área superior a 2300 metros quadrados.

Estacionamento será contíguo ao Mercado de Alvalade
Arlindo CamachoEstacionamento será contíguo ao Mercado de Alvalade

Apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), a proposta de criação deste parque veio na sequência da alteração de um contrato celebrado em 1997 para a construção e exploração de um parque público de estacionamento sob o Jardim de São Pedro de Alcântara, que não chegou a avançar por entraves de ordem geológica. Alvalade foi, assim, o bairro onde se encontraram grandes necessidades deste tipo de equipamento, na visão do vice-presidente com o pelouro da Mobilidade, Anacoreta Correia. O autarca encontrou, ainda assim, necessidade de afirmar que apostar em parques de estacionamento não é esquecer o investimento no transporte público e na protecção do ambiente. "Não alinhamos na ideia de que construir parques de estacionamento é uma agenda contrária à da sustentabilidade", afirmou na apresentação da proposta que foi aprovada na Assembleia Municipal de Lisboa, perante os votos contra de BE, PEV, PCP e PAN, e a abstenção do Livre.

No documento Grande Opções do Plano 2022-2025 da Junta de Freguesia, o organismo referia que "a falta de estacionamento é uma das principais causas da degradação da qualidade de vida das pessoas que residem e trabalham em Alvalade", reconhecendo, ainda assim, que "a diminuição do uso de automóvel particular é um objectivo a realizar no mais curto prazo". Na óptica desta Junta, "a construção de parques de estacionamento não tem que ser conflituante com a necessidade de se promoverem práticas que sejam mais adequadas a promover e defender a sustentabilidade ambiental".

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