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Cerca de 40 hectares na frente ribeirinha de Alverca do Ribatejo, entre as linhas de comboio e o rio Tejo, pertencem agora à Câmara de Vila Franca de Xira, que tem o objectivo de ali criar a Reserva Natural das Salinas de Alverca. A ideia é, na realidade, de 2014, e partiu da vereação do Bloco de Esquerda, que propôs proteger este local, considerado uma das mais relevantes zonas de nidificação selvagem e de refúgio alimentar da região de Lisboa.
Segundo o jornal Público, o processo arrastou-se quase dez anos, porque a antiga proprietária do terreno, uma empresa do grupo Espírito Santo/Novo Banco, “contestou em tribunal a decisão da câmara de rejeitar um projecto de loteamento para construir armazéns naquela área”. Posteriormente, a Câmara e a empresa terão conseguido chegar a acordo, mas o negócio terá sido adiado por dificuldades, da parte da empresa, em reunir os registos prediais necessários à escritura.
A aquisição, escriturada a 21 de Dezembro, envolveu um investimento de quase 175 milhões de euros e inclui as instalações da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais), actualmente em actividade. Na perspectiva da autarquia, este é um passo que “irá contribuir para o equilíbrio harmonioso entre as atividades socialmente imprescindíveis dotadas de elevado interesse público, como é o caso da desenvolvida na ETAR, e a natureza, numa perspetiva de protecção da fauna e da flora, bem como de garantia da valorização do ambiente e da sustentabilidade ambiental”.
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