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A programação para Lisboa Capital Verde 2020 arranca a 10 de Janeiro, com a inauguração de uma exposição dedicada ao mar e a plantação de 20 mil árvores nos dias seguintes. Estão planeadas muitas actividades até ao final do próximo ano, incluindo a abertura de uma loja na Praça do Município com informação diária sobre a agenda da cidade.
A câmara de Lisboa promete continuar a trabalhar para que a cidade seja cada vez mais sustentável em todos os parâmetros ambientais – energia, água, mobilidade, resíduos, infra-estrutura verde e biodiversidade. O compromisso foi assumido esta sexta-feira em Monsanto, na apresentação pública do plano para Lisboa Capital Verde Europeia 2020, por Fernando Medina, presidente da autarquia, e José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia. As iniciativas, que arrancam a 10 de Janeiro, incluem conferências nacionais e internacionais, exposições temáticas, eventos para toda a família, intervenções no espaço urbano e medidas ambientais para melhorar a qualidade da água e do ar.
“Não ganhámos porque somos a cidade mais sustentável do mundo. Mas porque evoluímos em todos os parâmetros ambientais. É importante termos consciência disso. Devemos ser humildes. Ambiciosos, mas humildes”, disse o vereador Sá Fernandes, durante a apresentação, na qual expôs os números relativos à redução do consumo de água, às metas de descarbonização e à reciclagem e reutilização na capital. Destacou-se ainda o aumento da estrutura verde e a vontade de plantar mais 100 mil árvores até 2021, com o arranque marcado para dia 12 de Janeiro: está prevista a plantação de 20 mil árvores em Rio Seco, no Parque Vale da Ameixoeira, no Parque Vale da Montanha e no Corredor Verde de Monsanto. Mas o vereador garante que, todos os fins-de-semana, têm sido plantadas árvores por equipas da autarquia.
Um dia antes, a 11 de Janeiro, inaugura-se, no Oceanário de Lisboa, uma exposição dedicada ao mar. É a primeira de mais de dez propostas temáticas em vários museus e espaços da cidade, do Museu de História Natural e da Ciência à Torre do Tombo.
Ao longo do ano, a agenda lisboeta contará com a inauguração de infra-estruturas como o Centro de Interpretação de Resíduos e Energia, no Parque das Nações; eventos para toda a família, escolas e universidades; e “debates com transparência e sentido crítico, do ambiente e alterações climáticas à saúde e alimentação saudável”. Entre as conferências internacionais, Sá Fernandes destacou a Conferência dos Oceanos (ainda sem data) e o Congresso Europeu de Mobilidade (18 a 20 de Maio), mas também a Green Week, uma iniciativa da Comissão Europeia que inaugura a 1 de Junho na Fundação Calouste Gulbenkian, com o biogeógrafo Miguel Araújo como curador.
A autarquia pretende disponibilizar 1000 talhões de hortas urbanas até 2021, ultrapassar os 100 megawatts de energia solar instalada até 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050. Destacam-se ainda as medidas previstas na área da mobilidade, entre as quais 410 novos autocarros de elevado desempenho ambiental até 2023, a duplicação da frota de eléctricos rápidos e a expansão da rede do Metropolitano. Mas também o Plano Geral de Drenagem, que será reforçado por uma rede de distribuição de água reciclada e a criação de bacias de retenção de base natural. O objectivo é “nadar no Tejo”, referiu José Sá Fernandes.
“Não é em Lisboa que vamos ganhar ou perder a batalha do aquecimento global, mas temos de fazer a nossa parte, ou melhor, temos de fazer a nossa parte e temos de fazer mais do que seria a nossa parte, porque há outros que não estão a fazer o que lhes compete”, afirmou o presidente da câmara, Fernando Medina. “A câmara vai estar 100% mobilizada, todos os dias, com acções concretas.”
A Câmara Municipal irá lançar uma plataforma dedicada à programação de Lisboa Capital Verde 2020 na próxima sexta-feira, 6 de Dezembro, mas já é possível aceder ao site. O investimento previsto para as iniciativas é de 60 milhões de euros, de acordo com o orçamento camarário aprovado pela Assembleia Municipal na semana passada.
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