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O Carnaval não foi sempre como o conhecemos e o celebramos agora. Faça connosco esta viagem ao passado com o Arquivo Municipal de Lisboa, por entre tradições de há cem anos que gostávamos de ver reinventadas no século XXI.
Cegadas
Hoje parece que só o Dia das Bruxas enche os adultos de coragem para se fantasiarem. Mas no início do século XX reinavam as Cegadas, uma delas na imagem de destaque, datada de 1911. Consistiam em farsas burlescas de sátira social e política, onde também se cantava o fado (Alfredo Marceneiro aliás começou a cantar nas Cegadas). Compostas apenas por homens, um vestia-se sempre de mulher. Foram proibidas nos anos 60, porque o regime de então era extremamente sensível a apreciações políticas.
Rua Garrett
Todos se divertiam. Havia bailes de máscaras para a alta sociedade, mas também para os menos favorecidos: o primeiro baile público de Carnaval foi em 1823 no Teatro do Bairro Alto. As ruas enchiam-se de animação e nesta imagem vemos a carruagem da Rainha Dona Amélia, sem medos, em pleno Chiado, durante os festejos em finais do século XIX.
Xé-Xé
Era a personagem principal do Carnaval alfacinha e o seu adereço mais emblemático era o chapéu de dois bicos com frases obscenas. Segundo o Arquivo Municipal de Lisboa era uma caricatura da Lisboa miguelista caída em desgraça. E muitas coisas caíram em desgraça desde então, por isso... volta Xé-Xé.
Desfiles de carros alegóricos na Avenida da Liberdade
Em finais do século XIX os comerciantes de Lisboa reuniram-se para organizar desfiles de carros ornamentados, que sobreviveram até aos anos 20, embora mais tarde com referências ao regime republicano. Com a chegada do Estado Novo, os desfiles passaram a mostrar tradições folclóricas do país.
Danças
Qual capoeira, qual quê... E o samba que se cuide. Isto se voltarem à cidade as danças tradicionais carnavalescas como esta Dança da Luta, a Dança das Espadas, a Dança da Bica ou a Dança dos Machetins. Aqui todos em equilíbrio junto à Estação do Rossio durante o desfile de Carnaval da Avenida da Liberdade.
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