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Mais que o trabalho já feito, a Associação Renovar a Mouraria, que assinala 15 anos a 19 de Março, prepara-se para celebrar tudo o que está por vir, incluindo a nova Casa de Estar no Beco do Rosendo. Com inauguração marcada para o próximo dia 11, o espaço estará aberto à comunidade todos os dias da semana e servirá tanto para passar o tempo, como para desenvolver projectos ou procurar ajuda em diversas áreas. Estão previstas, por exemplo, actividades de jardinagem e horticultura.
“O espaço que vamos ocupar é o número 8, que foi cafetaria da nossa associação antes de ser cedido à cooperativa Rizoma, que entretanto deixou a sala disponível. Decidimos transformá-la numa sala de estar para convívio e encontros, mas também para ser apropriada pela comunidade, que pode propor e dinamizar actividades”, diz Rita Madeira, técnica de comunicação da associação. “Em paralelo, estamos no meio de um processo de renovação do Beco do Rosendo – estamos em conversas com grupos de arquitectos e também à procura de financiamento –, para criar um jardim, com esplanada, e para onde também possamos mobilizar populações mais velhas, por exemplo de centros de dia locais, que queiram ter uma ocupação e fortalecer laços com os seus vizinhos.”
A inauguração desta Casa de Estar está marcada para sábado, 11 de Março, às 17.00, e inclui o regresso das “míticas tardes de escuta e maravilhamento trazidas pela Contaria”, com a contadora e cantadeira de estórias Ana Sofia Paiva. Segue-se, ainda no âmbito das comemorações dos 15 anos da Renovar a Mouraria, entre os dias 13 e 17, uma oficina aberta à comunidade para preparar a próxima Ronda pelos Direitos Humanos e reflectir sobre o acesso à habitação, a precariedade laboral, a turistificação e a gentrificação. “Teremos mais programação, mas ainda não está fechada. Também queremos deixar em aberto para que a própria comunidade se queira envolver.”
Já no dia 18, a partir das 16.00, o convite é para rumar ao Largo da Igreja de São Domingos, de onde parte a nova Ronda pelos Direitos Humanos, antiga Ronda das Tascas. Além da habitual itinerância pelos cafés e restaurantes do bairro ao som de vários músicos, os participantes são convidados a levar cartazes com propostas de soluções para os grandes desafios que o bairro histórico enfrenta. “A Mouraria de hoje é mais complexa do que a Mouraria que encontrámos em 2008, pelo que se redobra a urgência de unir as várias comunidades, migrantes e não migrantes, que habitam este território, em prol da participação cívica.”
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