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Não há dúvidas de que a Cordoaria Nacional é o sítio predilecto das feiras de arte. No dia em que arranca mais uma edição da Feira de Artes e Antiguidades de Lisboa, a feira espanhola de arte contemporânea Arco anunciou as datas – e mais alguns detalhes – da próxima vinda a Lisboa. Vai decorrer de 23 a 26 de Maio, no sítio do costume, e juntará 82 galerias em representação de 14 países. Uma diversidade de mercados que fica aquém da edição passada – em 2023, a Arco Lisboa reuniu expositores de oriundos de 22 países.
É a 7.ª edição da Arco Lisboa, que estará dividida em três áreas, a começar pelo Programa Geral, que conta com 59 galerias seleccionadas pela organização. Charim (Viena), adn (Barcelona) ou a L21 (Palma de Maiorca) são algumas das estreantes. Numa edição em que mais de um terço das galerias são portuguesas (28, ao todo), saltam à vista nomes como Graça Brandão, que regressa depois de um pequeno hiato, Bruno Múrias, Cristina Guerra Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Pedro Cera, Vera Cortês, Jahn und Jahn e Foco, estas últimas agora integradas na secção geral depois de terem feito parte do Opening Lisboa no último ano.
Dentro da principal secção da Arco Lisboa incluem-se ainda os projectos SOLO – dedicados a apresentar em profundidade o trabalho de artistas internacionais.
O Opening Lisboa conta, este ano, com 16 galerias. Dedicado a "explorar novas linguagens e espaços artísticos com o objectivo de atrair novos conteúdos para a feira", este espaço resulta da curadoria de Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas. A Galeria 4710 (Tiflis, Georgia), a Artnueve (Múrcia), Elvira Moreno (Bogotá), Lohaus Sominsky (Munique) e a portuguesa Salgadeiras estreiam-se no programa. As restantes são repetentes, num espaço especialmente desenhado pelo atelier de arquitectura português Feeders. O Prémio Opening Lisboa será entregue pela 5.ª vez.
As Formas do Oceano é a terceira secção. Com curadoria de Paula Nascimento e Igor Simões, vai centrar-se em exclusivo em projectos que abordam as relações entre África, a diáspora africana e outros pontos do globo. Aqui serão apresentadas sete galerias, provenientes de Paris, Casablanca, Lisboa, Brasília, Arezzo e Rio de Janeiro.
Conhecida pela programação complementar, a Arco Lisboa volta a propor um programa de debate e reflexão. No Torreão Nascente vão decorrer as Millennium Art Talks, com curadoria de Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa. Na mesma zona, estará instalada a ArtsLibris, uma área de acesso livre para o público com cerca de 30 expositores dedicados a livros e revistas de arte contemporânea.
A Cordoaria abre-se ao público em geral entre os dias 24 e 26 de Maio. No sábado, 25, a partir das 15.00, a entrada será gratuita para jovens até aos 25 anos. Fora da Cordoaria Nacional, espera-se uma cidade a fervilhar de arte, com uma programação paralela que inclui inaugurações e visitas guiadas, entre outros eventos, numa semana dedicada à arte contemporânea.
Avenida da Índia. 23 Mai 15.00-20.30 (visita profissional), 24-25 Mai 12.00-20.00, 26 Mai 12.00-19.00. 20€-25€ (14€-15€ para estudantes)