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Artistas medíocres, matanças de porcos e a nova idade do gelo. É o Festival Periferias

Este ano, os espectáculos da mais recente edição do festival debruçam-se sobre questões de género. Além do teatro, Sintra recebe música, stand-up e marionetas.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
Exercício para Performers Medíocres
Renato Cruz Santos | Tita Maravilha em Exercício para Performers Medíocres
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Entre 1 e 9 de Março, Sintra acolhe o Periferias, um festival de artes performativas que junta teatro, stand-up e oficinas. Este ano, destaca-se Exercício para Performers Medíocres, de Tita Maravilha. 

Tal como nas edições anteriores, o festival Periferias procura incidir sobre uma problemática que esteja na ordem do dia – neste caso, as questões de género. "Neste ciclo, procuramos reforçar a importância das questões de género, não somente por via de uma defesa robusta da Igualdade de Género, que faz parte dos valores desta associação, mas, também, mergulhando nos espaços fora dos binómios masculino/feminino, questionando os estereótipos de género e as necessidades de pensarmos sobre a pluralidade de identidades e expressões de género", pode ler-se no site do festival, dinamizado pelo Chão de Oliva, dirigido por Paula Pedregal, Susana C. Gaspar e Nuno Correia Pinto. 

Ao longo de nove dias, as criações viram-se então para este tema. A 9 de Março, na Casa de Teatro de Sintra, é Tita Maravilha que sobe ao palco para apresentar Exercício para Performers Medíocres. A performance procura celebrar a imperfeição e o fracasso nas artes, ao mesmo tempo que pretende quebrar os padrões estabelecidos. No ano passado, a artista brasileira, criadora do festival Precárias, venceu o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II

Antes dela, a Casa de Teatro de Sintra abre espaço para mais peças de teatro. Logo no primeiro dia, a 1 de Março, a Rugas Associação Cultural dá a conhecer Penélope, uma obra documental e ficcional que se inspira no mito clássico sobre a mulher de Ulisses, que esperou por ele 20 anos, e recorre a Sinais de Vida, de Joana Pontes. No dia 5, é a vez da companhia Terapia Teatral apresentar Milagre Extraordinário, uma peça sobre o amor a partir de Evgeny Shwartz, William Shakespeare e Alexander Pushkin. A 7, está em cena a quarta co-produção do Teatro Extremo e do Grupo Harém de Teatro, que se passa numa nova idade do gelo provocada pelo Homem. Chama-se Combustível

Ainda sem lugar de apresentação definido, A Matança do Porco do Pai é a proposta do grupo Ritual de Domingo para 8 de Março. Para escrever a peça, Sónia Barbosa entrevistou algumas pessoas acerca da tradição da matança do porco, bem como acerca das suas memórias de infância e dinâmicas familiares.

De teatro de marionetas, há três espectáculos para ver. Dia 2, a companhia espanhola Kalina Teatro apresenta Limornado da Vento, no AMAS – Auditório Municipal António Silva e dia 6 a Marionetas Rui Sousa, de Santa Maria da Feira, apresenta Sem Pés Nem Cabeça, no Centro Cultural Olga Cadaval. Ainda lá, entre 5 e 7 de Março, há uma oficina que aborda vertentes artísticas como o video mapping, o live cinema ou a instalação de vídeo. 

No campo do stand-up, Tânia Safaneta ocupa o Legendary Café com um espectáculo de improviso e humor físico. Na música, conte com um concerto do grupo Rainhas do AutoEngano, composto por Madalena Palmeirim, Natalia Green e Kali Peres, no MU.SA – Museu das Artes de Sintra, no dia 1. 

Vários locais (Sintra). 1-9 Mar. Vários horários. Vários preços

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