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A minissérie WandaVision pavimentou a estrada para o spin-off Foi Sempre a Agatha, que explora o lado mais esotérico do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). A criadora volta a ser Jac Schaeffer, que assume também o leme do argumento e realiza os primeiros três episódios, de um total de nove. Kathryn Hahn está de regresso ao seu papel da poderosa bruxa Agatha Harkness, agora como protagonista, que nesta aventura tem a seu lado um misterioso adolescente, interpretado por Joe Locke. Falámos com o actor.
No início de 2021, chegou ao Disney+ a primeira série do UCM e que marcou o arranque da chamada Fase 4 do catálogo Marvel, que além de apresentar novos personagens introduz o conceito de multiverso, na sequência do filme Vingadores: Endgame (2019). Criada por Jac Schaeffer, WandaVision é uma peculiar minissérie, na qual Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), também conhecida como Feiticeira Escarlate, faz renascer o andróide Vision (Paul Bettany) numa realidade que só ela controla, e onde espera que sejam felizes para sempre. Mas, nessa realidade alternativa criada numa pequena cidade chamada Westview, todos os habitantes se transformam em personagens de uma sitcom fictícia que vai atravessando as décadas (e as estéticas) desde anos 1950. Todos, menos uma pessoa (e se não viu WandaVision, volte depois): a bisbilhoteira vizinha do lado Agnes é, na verdade, Agatha Harkness, uma poderosa feiticeira com mais de 300 anos de experiência que tenta manipular a realidade criada por Wanda. No fim, Agatha fica aprisionada no papel de Agnes.
No sétimo episódio de WandaVision, há uma cena em que a produção pisca (literalmente) o olho ao novo spin-off Foi Sempre a Agatha, minissérie que volta a explorar a veia esotérica dos personagens Marvel, e que integra a Fase 5 do UCM. Aqui, encontramos Agatha sem poderes, após ter ficado sem o Darkhold, o livro das trevas, e quem a ajuda a livrar-se do feitiço lançado por Wanda é um misterioso adolescente gótico que a convence a embarcar numa perigosa aventura que lhe poderá devolver o poder de outrora. Problema: o próprio adolescente foi brindado com um feitiço e ninguém consegue nem perceber o seu nome, nem a sua história de vida. Posto isto, para já, dá pelo nome de Teen. Mas muitos especulam que podemos estar perante Billy Kaplan, que nos quadradinhos é Wiccan, jovem Vingador e a reencarnação de um dos filhos de Wanda e Vision: Billy Maximoff. Particularmente numa altura em que a Marvel se prepara para lançar os Jovens Vingadores no UCM.
Jac Schaeffer “é um génio absoluto”
Numa entrevista por videochamada com Joe Locke, lançámos o barro à parede, mas o actor não se deixou levar. “Obviamente que há um mistério para ser resolvido com Teen. Se eu desvendasse esse mistério, arruinaria a diversão da série. Mas é um personagem muito divertido de interpretar, mesmo sem saber qual é a sua verdadeira identidade. Ele tem muita personalidade e tem muitas nuances”, descreve Locke. Actor que é protagonista da série Heartstopper, baseada na série de livros de banda desenhada de Alice Oseman, que acompanha a história de amor dos adolescentes Nick (Kit Connor) e Charlie (Joe Locke). A terceira temporada estreia na porta do lado, a Netflix, a 3 de Outubro.
Voltando ao caminho que será percorrido por Agatha e Teen. A acção arranca sensivelmente três anos após WandaVision e o adolescente desafia a bruxa de serviço a percorrer O Caminho, um local mágico que promete poder a quem conseguir chegar ao fim. Mas, para isso, é necessário reunir um conventículo, ou seja, um grupo de bruxas que os acompanhe e ajude a superar os desafios ao longo da estrada. É aqui que são introduzidos mais novos personagens no UCM: Aubrey Plaza no papel de Rio Vidal, a Bruxa Verde; Jennifer Kale, interpretada por Sasheer Zamata; Alice Wu-Gulliver, por Ali Ahn; Lilia Calderu, por Patti Lupone; e… Mrs. Hart, mais uma personagem que salta de WandaVision para o spin-off, novamente interpretada por Debra Jo Rupp.
Destaque ainda para um tema musical: “The Ballad of the Witches' Road”, uma música e também um feitiço que vai acompanhando a trama.
Escrita por Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez (autores de “Let It Go”, de Frozen), tem o poder de se colar ao cérebro, como confirma Locke: “Está na minha cabeça há quase dois anos. Então agora toda a gente está tipo 'ah, tenho isso preso na minha cabeça'. Sim, juntem-se ao clube. Tenho-a na minha cabeça há literalmente 18 meses”. Mas para o actor o ingrediente secreto de Foi Sempre a Agatha tem outro nome: Jac Schaeffer. “É um génio absoluto e tudo em que toca se transforma em ouro. Espero que ela obtenha o reconhecimento que merece e faça coisas incríveis no futuro”, defende Locke que elegeu WandaVision como a sua série preferida da Marvel. “Mas também, e sendo completamente honesto, teria dito sim a qualquer coisa da Marvel”, revela.
Sobre contracenar com Kathryn Hahn – cujo papel em WandaVision lhe valeu nomeações para os Emmys e Critics Choice Awards – Locke garante que lhe deu a confiança que precisava. “Somos bons a explorar o espaço mais sombrio de nós próprios e a sentarmo-nos nele, o que ajuda muito as personagens, ao mesmo tempo que somos capazes de rir e brincar e não levar nada demasiado a sério. E desenvolvemos uma grande confiança um no outro. [...] Quando interpretamos personagens tão vulneráveis, é difícil, por vezes, deixarmo-nos levar e não nos preocuparmos com o que a outra pessoa está a pensar ou não nos preocuparmos em desmotivar a outra pessoa ao tentar algo novo. Mas comigo e com a Kathryn não houve nada disso. Era tudo tão seguro que nos deixámos sempre levar”.
Os primeiros dois episódios de Foi Sempre a Agatha estreiam a 19 de Setembro, uma quarta-feira, e depois um novo episódio fica disponível a cada semana.
Disney+. Estreia a 19 de Setembro
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