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Há tapeçarias dignas de passar do chão para a parede. É o caso das que são apresentadas na primeira exposição do ano na Gulbenkian — “As Flores do Imperador”, que inaugura esta sexta-feira, dia 9, e fica em exibição até 21 de Maio.
A exposição parte de motivos decorativos de dois tapetes da Colecção do Fundador, produzidos na Índia mogol, que trouxeram de volta os bolbos e flores exóticas orientais ao Ocidente ao longo do século XVII, o que na época motivou a atenção dos botânicos sobre o estudo da flora exótica e local. Aliás, o fascínio pelas espécies trazidas do Oriente traduziu-se na publicação de compêndios botânicos ilustrados e na criação de jardins com colecções de flores orientais e plantas raras um pouco por toda a Europa.
A exposição analisa ao detalhe os motivos decorativos desses dois tapetes da Colecção de Arte Islâmica do Museu Calouste Gulbenkian – Colecção do Fundador, realçando as características naturalistas dos desenhos florais e os diálogos entre o Oriente e Ocidente ao longo do século XVII, que incluíram circulação de pessoas, livros, imagens e espécimes botânicos. “As Flores do Imperador” não ficam pelas paredes do museu.
As curadoras Clara Serra e Teresa Nobre Carvalho vão sentar-se para uma conversa no dia 17 de Fevereiro (16.00). Ao longo de todo o período em que estará patente, conte com visitas orientadas no dia 24 de Fevereiro e 24 de Março (15.00).
Coleção do Fundador – Galeria do Piso Inferior. Av. de Berna, 45A. De sexta a 21 de Maio. Qua-Seg 10.00-18.00. 3€.
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