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As máscaras estão de volta para o Operafest no Jardim do MNAA

A terceira edição do Operafest acontece entre 19 de Agosto e 10 de Setembro no Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga. A programação inclui dois bailes de máscaras.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
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Entre os grandes clássicos e a ópera de vanguarda, o Operafest volta a ocupar o Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga com uma programação que convida todos, melómanos ou não, a apreciar e conhecer o mundo operático, muitas vezes apenas apreciado por algumas elites culturais. Neste caso, "a emoção da ópera para todos" é a frase chave do Operafest que este ano se apresenta com o tema "Destino em Vertigem", entre 19 de Agosto e 10 de Setembro.

Nesta edição, um dos chamarizes para trazer um novo público aos espectáculos de ópera serão as máscaras. Mas não as que andamos a usar desde 2020, ano em que a pandemia chegou a Portugal. Nada disso. Com algum humor, a organização propõe "o regresso da máscara", mas de uma forma diferente à que estamos habituados, em bailes de máscaras que irão assinalar o arranque e também o encerramento do evento.

A programação está dividida em ciclos com propostas distinas, como o ciclo Grandes Clássicos, onde se insere o primeiro espectáculo, "Um Baile de Máscaras – Giuseppe Verdi". Acontece nos dias 19, 20, 22, 24 e 26 de Agosto, uma ópera em três actos, cantada em italiano (com legendas em português), encenada por Sandra Faleiro, com a participação do Coro Operafest Lisboa e a Orquestra Ensemble MPMP.

Já o ciclo Ópera Inéditos é composto pelo evento "Noite Americana" (27 e 28 de Agosto), onde o público poderá assistir a duas óperas de um acto, como Labirinto, de Gian-Carlo Menotti, em estreia nacional; e Uma Partida de Bridge, com um "toque jazzístico" de Samuel Barber, a partir do libreto de Menotti. O interlúdio será o famoso "Adagio" de Samuel Barber imortalizado no filme Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola. Neste ciclo, está também incluída O Homem dos Sonhos, de António Chagas Rosa (10 de Setembro), uma ópera em sete cenas cantada em português e inspirada na obra de Mário de Sá-Carneiro.

Logo a seguir a esse espectáculo, terá lugar a "Rave Operática – Baile para desafiar o destino", inserida no ciclo Ópera Satélite, um verdadeiro baile de máscaras com DJs a revisitar os grandes sucessos desta edição, assim como bailarinos inusitados a invadir o palco, num "frenesim operático" que desafia os participantes a levar "as fantasias que quiserem e prontos para dançar até desafiar o destino". Há ainda um ciclo dedicado aos mais novos, chamado Públicos do Futuro, que nos dias 1, 2 e 3 de Setembro irá apresentar Jeremias Fisher – A História do Menino Peixe, uma ópera de câmara da compositora francesa Isabelle Aboulker, interpretada pelo Coro infantil do Operafest Lisboa e pelo Quarteto Ensemble MPMP.

A programação tem ainda espaço para um concurso de ópera contemporânea português, o Ópera Express para Novos Encenadores. A 6 de Setembro, três candidatos encenadores irão apresentar versões de duas óperas de António Chagas Rosa e Daniel Moreira e o vencedor ganhará o Prémio Carlos de Pontes de Leça. Nesta noite, o vencedor da edição anterior, João Ricardo, vai apresentar, em estreia, a sua ópera Minotauro.

Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga. Rua das Janelas Verdes. 18 de Agosto a 11 de Setembro. Bilhetes: 15€-50€. www.operafestlisboa.com

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