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Nos próximos dois anos, Lisboa deverá ver crescer a sua bolsa de estacionamento em 9000 lugares, 5500 dos quais na via pública e os restantes em recintos fechados. Do lado dos privados, estão planeados parques subterrâneos em Alvalade (233 lugares), na Praça Paiva Couceiro (406 lugares), Penha de França, na Rua Marquês da Fronteira (190 lugares), Avenidas Novas, na Praça José Fontana (240 lugares), em Arroios, e na Rua José Ricardo (224 lugares), também em Arroios, contabiliza o jornal Público. Já sob a gestão da Emel, a cidade terá os parques da Pontinha Sul (387) e Norte (700), da Azinhaga da Cidade (165), na Ameixoeira, da Travessa do Bahuto (89), em Campo de Ourique, da Cidade Universitária (484), da Maria da Fonte (170), nos Anjos, do Hub do Beato (270) e do Alto de São João (215).
Aos lugares referidos somam-se, ainda, os parqueamentos previstos para o interior dos empreendimentos privados que estão a surgir na cidade, lembra o mesmo jornal, que consultou especialistas na área da mobilidade, tentando perceber se o crescimento do número de lugares de estacionamento não irá em contraciclo com as recomendações e a tendência em várias cidades europeias. As capitais francesa e dos Países Baixos são dois exemplos: se em Paris o compromisso é eliminar, até 2030, 60 mil lugares para automóveis, substituindo-os por árvores e espaços verdes, em Amesterdão existe uma lista de espera de dez anos para ter acesso a um cartão de residente que dê direito a estacionar o carro.
Abandonar o carro ou criar compromissos?
Eliminar lugares não é, no entanto, uma opção consensual nem universal, na opinião de Francisco Nunes da Silva, que foi vereador da Mobilidade no tempo de António Costa (entre 2009 e 2013), defende a análise de cada caso, de forma individual. “Há áreas de Lisboa, certos bairros residenciais, onde as pessoas não têm, pura e simplesmente, lugar para estacionar. E aí faz sentido encontrar soluções”, declarou o especialista ao Público. Uma das soluções pode ser, por exemplo, a que está a ser agora estudada pela Câmara de Lisboa, do parqueamento nocturno de moradores em parques privados de supermercados ou centros comerciais.
Os cinco parques privados que serão criados no subsolo de Lisboa advêm de contratos de direitos de superfície que foram assinados entre os promotores e a Câmara de Lisboa, nas últimas três décadas. No total, dotarão a cidade de mais 1293 lugares. Já na circunscrição da Emel, estima-se que, em 2027, a oferta de lugares pagos na via pública ultrapasse os 113 mil. Em Lisboa, segundo as contas da autarquia, entram cerca de 370 mil carros todos os dias.
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