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Até ao fim do ano, o D. Maria II faz-se de guerras e ecologias

O Teatro Nacional leva um novo conjunto de espectáculos ao MAAT, ao TBA, ao Tivoli. Em Novembro, destacam-se obras internacionais que vão ser apresentados no Alkantara Festival.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
O Misantropo – por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir Molière
© Filipe FerreiraO Misantropo – por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir Molière
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Até o ano acabar, o Teatro Nacional D. Maria II tem ainda para apresentar mais de uma mão-cheia de espectáculos. O teatro, ainda de portas fechadas até 2025, ano em que se prevê que reabra ao público, leva criações ao MAAT, ao TBA e ao Tivoli. Por outro lado, continua a viajar pelo país com outras peças e produzidas e co-produzidas pelo Teatro Nacional. 

Entre 22 e 28 de Novembro, O Misantropo – por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir de Molière estreia em Lisboa, no Teatro Tivoli, depois de uma digressão pelo país no ano de 2023. Com encenação de Mónica Garnel, a peça leva-nos à noite de estreia do espectáculo de Molière, que irá ser representado perante o rei e a corte, mas que ainda está longe de estar pronto. Em Dezembro, entre os dias 5 e 8, Uma peça para quem vive em tempo de extinção tem texto de Miranda Rose Hall e direcção de Katie Mitchell. Apresentado no TBA por Ana Tang e Guilherme Gomes, o monólogo centra-se em questões ecológicas e pretende questionar o que significa viver em comunidade num momento que consideram de extinção. A iluminação em cena é gerada em palco, em tempo real, e activada por um coro. 

Como parceiro do Alkantara Festival, que decorre entre 15 e 30 de Novembro, o Teatro Nacional D. Maria II co-apresenta quatro dos espectáculos que integram o programa do festival. Entre 22 e 30, Basel Zaraa leva Querida Laila à Biblioteca do Palácio das Galveias, onde explora a experiência palestiniana e as consequências da guerra. De 28 a 30, o MAAT recebe Mike, que tem criação e interpretação de Dana Michel e convida o público a entrar e a reflectir sobre as nossas vivências contemporâneas durante três horas. A 29 e 30, Cartas do Fogo apresenta-se na Casa da América Latina. Ellen Pirá Wassu e Ritó Natálio assinam as performances, que se focam na desflorestação. O corpo está aqui, fora de campo, de Alia Hamdan, pode ser visto nos dias 19 e 20, mas o local ainda não foi anunciado. A performance procura convergir para o estado de quem está na iminência de um desastre, ao ir buscar a explosão do porto de Beirute, em 2020, para cena.

A programação do teatro, que pode ser consultada no site do D. Maria II, abrange ainda exposições, lançamentos de livros, debates, oficinas e formações. Através da Rede Eunice Ageas, os espectáculos produzidos e co-produzidos pelo teatro continuam a percorrer vários palcos do país.

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