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Atlântida Film Festival, uma mostra de cinema independente para ver (mais uma vez) em casa

O cinema independente é o principal ingrediente da Filmin, mas temporariamente o catálogo volta a engordar com filmes que se destacaram nos festivais europeus. O Atlântida Film Festival recomeça a 7 de Novembro.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Marion Cotillard
©Cortesia FilminMarion Cotillard, em 'Little Girl Blue', de Mona Achache
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Em Fevereiro passado, o Atlântida Film Festival recheou a Filmin de produções inéditas em Portugal, dando protagonismo a cineastas independentes que passaram pelos principais festivais de cinema europeus. Entre 7 de Novembro a 7 de Dezembro volta a estar em cena no catálogo da Filmin, com uma selecção de filmes que abordam temas actuais, da guerra israelo-palestiniano ao crescimento da extrema-direita.

Nascido em Espanha, terra natal da Filmin, o Atlântida Film Festival tem uma ligação umbilical ao Atlàntida Mallorca Film Fest, nascido em 2011 e o primeiro festival de cinema online de Espanha. Arrancou em 2011, mas quatro anos depois tornou-se um evento híbrido, expandindo o formato para alguns eventos ao vivo, mantendo-se ligado ao streaming da Filmin, onde desde a primeira edição é possível conhecer filmes não estreados em Espanha. E também em Portugal.

Durante um mês, o Atlântida Film Festival aposta numa série de produções que abordam temas na agenda do dia, em particular o documentário No Other Land (2024), de Basel Adra, Rachel Szor, Yuval Abraham e Hamdan Ballal. Um sério candidato aos Óscares que mergulha no conflito israelo-palestiniano.

Atlântida Film Festival
©Cortesia FilminNo Other Land (2024), de Basel Adra, Rachel Szor, Yuval Abraham e Hamdan Ballal

A mostra também arranjou espaço para filmes biográficos, um sobre a visionária pintora britânica Wilhelmina Barns-Graham (1912-2004), chamado Súbito Vislumbre de Coisas Mais Profundas, documentário de Mark Cousins, narrado pela actriz Tilda Swinton; e outro sobre a escritora Carole Achache, chamado Little Girl Blue, numa dramatização da sua vida interpretada por Marion Cotillard (a primeira actriz francesa nomeada ao César de Melhor Actriz num documentário) e realizada por Mona Achache, filha de Carole.

O Atlântida Film Festival leva ainda à Filmin A Professora de Literatura (2024), de Katalin Moldovai, vencedor do Prémio da Crítica no Festival de Cinema de Atlàntida Mallorca. O filme foca a ascensão da extrema-direita na Hungria, através de uma professora de literatura que recomenda aos alunos o filme Eclipse Total (1995), de Agnieszka Holland, sobre a relação dos poetas franceses Arthur Rimbaud e Paul Verlaine. Mas, quando um pai surpreende o filho a ver o filme, acaba por denunciar a professora ao director da escola.

A programação completa do Atlântida Film Festival ainda não está fechada, mas é certo que será composta por um total de 20 produções, entre curtas e longas-metragens.

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