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Aura Dim Sum. Uma casa de dumplings artesanais nascida na Bica e criada em Alfama

Neste novo espaço, aberto desde Julho, os dim sum são os protagonistas, mas há mais para conhecer.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
Jornalista
Aura Dim Sum
Francisco Romão Pereira Aura Dim Sum
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Por fora confunde-se com um dos muitos restaurantes tradicionais de Alfama, mas quando finalmente entrarmos e damos de caras com uma cozinha aberta de onde sai vapor, não temos dúvidas: vamos comer dim sum. Só não esperávamos tanta diversidade. O novo Aura Dim Sum abriu há pouco mais de um mês, no número 88 da rua das Escolas Gerais, e é residência de inúmeras variedades do petisco cantonês, seja cozinhado ao vapor, salteado ou frito. Aqui, tudo é artesanal e preparado à vista de todos. 

A proeza é da brasileira Catarina Goya, do marido espanhol Jose Luís Suárez, e da amiga francesa Nadine Torterot, que em 2019 lançaram o projecto, embora noutra colina. “Quando abrimos na Bica a ideia nunca foi a de ter um restaurante, servia mais para eventos e para take-away e delivery, mas os clientes obrigaram-nos a ter um restaurante. O lugar da Bica não estava preparado e por isso decidimos mudar para Alfama”, explica Catarina, que é a mente criativa por trás das receitas do Aura, enquanto o marido se ocupa da gestão e Nadine aconselha o casal em decisões importantes. 

Aura Dim Sum
Francisco Romão Pereira

O amor destes três sócios pelo dim sum deve-se a um feliz acaso. Tudo começou quando Nadine organizou um jantar para celebrar o aniversário Jose Luís num restaurante de dim sum em Londres, onde viviam. Catarina, que nunca antes tinha provado tal coisa, ficou “completamente obcecada por essa comida”, conta-nos. Coincidência das coincidências, acabou por ir trabalhar para esse mesmo restaurante, onde aprendeu o ofício. “Mais tarde comecei a ter aulas particulares com um professor chinês em Londres, com a ideia de abrir um restaurante de dim sum no Brasil. Quando saímos de Londres, ficámos um ano na Ásia, e fui especializar-me lá com a mestre do meu mestre, em Singapura”, detalha. Antes de aterrarem em Lisboa, o casal ainda esteve à frente do “primeiro restaurante de dim sum na Bahia”, no Brasil.

Aura Dim Sum
Francisco Romão PereiraDim sum de camarão

Em Alfama o espaço é, então, maior do que o da Bica, com assentos para quase 40 pessoas no interior, e a carta é bem mais extensa. “Aqui fizemos um menu maior de dim sum, com muitas variedades para todo o tipo de público. Há opções vegan, de marisco, de carne, de tudo. E também vamos começar a introduzir outros pratos. Vamos sempre ter os tradicionais e os preferidos, mas trocamos o menu com muita frequência”, diz Catarina. Começámos a refeição com uma salada de pato crocante (10,50€), à qual se seguiu um dim sum frito de frango, lemongrass e espinafres (9,50€) e outro a vapor, de camarão (9,50€). Depois vieram os baos: um de porco caramelizado (9,25€) e outro de cogumelos shiitake (9,50€). Seguiu-se um guo tie de pato e cogumelos shiitake (11€) e um chaoshou de borrego (9,50€). Terminámos com um pudim de tapioca com leite de coco e banana caramelizada (6,50€). Estes são os favoritos do momento. Para acompanhar tudo isto, o melhor é deixar-se levar pela carta de cocktails desenhada pela Living The Drink. Nós fomos pelo wasabi mule (9,50€); mas também há o buko pandan (9,50€), um cocktail com rum, matcha e coco; ou o nana high (9,50€), com licor de banana e flor de sabugueiro. 

Aura Dim Sum
Francisco Romão PereiraDim sum de borrego

Para já, com excepção dos sábados, o Aura só abre aos jantares, mas está nos planos alargar o horário. “Futuramente queremos abrir ao almoço e ter uns menus especiais”, revela Catarina. 

Rua das Escolas Gerais, 88. Ter-Sex 18.00-23.00. Sáb 12.00-15.00, 18.30-23.30

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