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Bairro do Zambujal inaugura mural e estreia performance com moradores

O projecto Zambujal 360 tem andado a dar vida ao bairro da Amadora. As empenas centrais dos edifícios são agora telas de arte urbana e a 30 de Julho assinala-se a inauguração de uma colaboração artística.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
Jornalista
Zambujal 360
©Zambujal 360Mural de Luísa Mota no Bairro do Zambujal
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A artista portuense Luísa Mota é a autora do novo mural de arte urbana do Bairro do Zambujal. Foi desenhado no âmbito do projecto Zambujal 360 – promovido pela Associação Leigos Missionários da Consolata (AdGentes), e pela associação recreativa CAZAmbujal – que tem por principal objectivo promover este bairro social como o primeiro embaixador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, assente em três eixos: comércio local, educação na saúde e educação pela arte. No próximo domingo, 30 de Junho, é inaugurado o mural, dia em que também terá lugar uma apresentação da performance Crystal Beings.

A arte urbana é assim um dos braços culturais deste projecto e Luísa Mota é uma das artistas convidada a desenvolver a elaboração de um mural numa das empenas do bairro, que contou com as ideias dos moradores. A par da peça de arte urbana, a artista multidisciplinar desenhou ainda a performance Crystal Beings, com a ajuda da coreógrafa, e também portuense, Ana Rocha, que promoveram workshops e ensaios com os moradores do bairro ao longo dos últimos meses.

Zambujal 360
©Zambujal 360Mural de Luísa Mota no Bairro do Zambujal

“Os Crystal Beings (aka Invisíveis) são seres paradoxais; silenciosos, mas ao mesmo tempo criam barulho (devido ao seu som metalizado), existindo como elementos que espelham o seu redor. Estas personagens recorrentes, já habitaram em diversos contextos e moldes expositivos, enquadrando-se facilmente com diversos tecidos sociais, culturais e urbanos. O facto de serem completamente anónimos faz com que elimine por completo qualquer indicativo de identidade do intérprete, levando a uma ambivalência em relação a género, idade, etnia do mesmo/a. A nível do espectador cria uma incerteza inquisitiva e desconforto social, sendo que os parâmetros normativos de identificação são extintos. Ao nível do intérprete, gera uma experiência de introspecção num ambiente colectivo, gerando sentimentos de desapego, satisfação e curiosidade”, explicam em comunicado.

Para assinalar a colaboração entre artistas e moradores, no domingo será organizado um almoço convívio na Praça das Galegas, às 14.30, num evento aberto a todos os interessados que contará ainda com um concerto da Orquestra de Batukadeiras.

Bairro do Zambujal, Praça das Galegas (Amadora). Dom 14.30. Grátis

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