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É um edifício imponente na zona ribeirinha do Barreiro, abandonado há vários anos e objecto de hasta pública em 2018. Agora, a reabertura do antigo dormitório da Comboios de Portugal (CP) está agendada para Janeiro de 2025, como hostel, contando também com um restaurante, anunciou Rui Braga, que tutela a Gestão Territorial e o Desenvolvimento Económico da autarquia barreirense, citado pela agência Lusa.
Também o antigo armazém de víveres, propriedade municipal que funciona como a Casa da Cidadania (com serviços da autarquia) foi recentemente requalificado e, associado a esta operação, em 2020, o espaço envolvente da chamada "Estação Barreiro A" já havia sido alvo de intervenção, sob um investimento de cerca de 700 mil euros da Câmara Municipal do Barreiro (CMB). A obra deu ao espaço novos pavimentos, pontos de estadia e iluminação pública. O objectivo era transformar o local que esteve anos em desuso, "potenciando-o como área central da cidade do Barreiro e criando uma zona 'dinâmica, atractiva e inclusiva'", informava o município.
Uma "Barreiro Factory" na antiga estação
Também para a zona do Barreiro Velho estão projectadas intervenções de fundo, que visam dar uma nova cara ao núcleo histórico da cidade. O concurso público foi lançado em Julho, com o vice-presidente da CMB, Rui Braga, a qualificar o projecto como "estruturante" e "uma obra há muito ansiada", cuja conclusão é esperada para 2025.
Na mesma linha, em Agosto foi anunciada a assinatura do contrato de concessão entre a IP Património e a Barreiro Mar, do grupo Mainside, fundador da Lx Factory, com o fim de recuperar a antiga estação fluvial Barreiro-Mar, conforme noticiou na altura o Lisboa para Pessoas. A obra implica a transformação de uma área de 32 mil metros quadrados e envolve espaços de restauração, comércio e ateliers de trabalho. As "antigas carruagens de comboio, hoje ao abandono, serão transformadas nas referidas lojas e ateliers, mas também em vagões de alojamento, no âmbito de um projecto intitulado Zero Box Lodge Barreiro", dava conta o artigo.
Estão, ainda, nos planos os projectos de hotéis na Quinta do Braamcamp, no terreno da Torralta (junto à estação fluvial do Barreiro) e na Quinta das Canas (este último de cerca de 140 quartos).
Sendo hoje o impacto do turismo "inexistente na economia local", como analisa Rui Braga, as mudanças pelas quais deverá passar a zona ribeirinha do Barreiro nos próximos anos poderão representar uma viragem para a cidade, algo que o município procura desde 2017, de acordo com o vice-presidente da Câmara.
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