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Depois de Pedro Gadanho ter cessado funções em Junho deste ano enquanto director do MAAT, a Fundação EDP anunciou que Beatrice Leanza será a nova directora do museu já a partir desta esta segunda-feira, dia 2.
A saída do arquitecto, que largou o MoMA em Nova Iorque para dirigir o museu à beira-rio, tinha sido anunciada ainda em Outubro de 2018, mas apenas em Junho passado terminou o seu mandato de três anos. A italiana Beatrice Leanza, curadora e crítica de arte, ocupará o seu lugar, depois de ter sido escolhida por convite após um processo que envolveu entrevistas a vários candidatos.
A entrada da designer muda também o próprio organograma do MAAT que passa assim a ter uma directora executiva e um conselho curatorial – que será anunciado em breve.
Leanza tem construído uma “sólida carreira” desde 2002, com larga experiência na gestão de projectos e de equipas, sempre ligada à arte contemporânea, design e arquitectura. “A Fundação EDP acredita que o conhecimento de Beatrice Leanza nas áreas da arte contemporânea, do design e da arquitectura, bem como a sua experiência na implementação de estratégias culturais que envolvam a comunidade, serão decisivas para a continuação da afirmação do MAAT como uma instituição cultural de referência internacional”, pode ler-se no comunicado de imprensa.
Beatrice Leanza formou-se em Estudos Asiáticos pela Ca'Foscari University de Veneza, com uma tese de dissertação sobre a arte contemporânea na China, o que a catapultou para a sua posição enquanto curadora na China Art Archives and Warehouse. Depois de ter fundado o BAO Atelier – um think-tank que promove a relação nas artes entre a China e a Europa –, assumiu o cargo de curadora-chefe do programa de investigação Across Chinese Cities, apresentado em 2014, 2016 e 2018 na Bienal de Veneza de Arquitectura.
Foi durante três anos directora criativa da Semana de Design de Pequim, o evento de design e arquitectura mais importante da China, e é actualmente membro do Conselho do Design Trust, em Hong Kong.