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Benfica abre os braços à Lulendo, uma livraria dedicada à literatura africana

Um dia de celebração da literatura e da cultura africana no Palácio Baldaya. É a proposta da livraria online Lulendo, que inaugura a 21 de Setembro.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Palácio Baldaya
DRPalácio Baldaya
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Lulendo significa “orgulho” em kikongo, língua africana falada no antigo reino do Congo. E é orgulho – na literatura e na cultura africana – que a nova Livraria Lulendo preconiza. Por enquanto só funciona online, mas a inauguração é ao vivo, com uma programação especial no Palácio Baldaya, no próximo sábado, 21 de Setembro. A entrada é livre, mas recomenda-se inscrição prévia.

“A nossa jornada começou com a necessidade de preencher uma lacuna nas prateleiras das livrarias em Lisboa, onde notamos a ausência de uma secção dedicada à literatura africana”, lê-se em comunicado enviado à Time Out pelo angolano Vanderlei Abel, fundador da Livraria Lulendo. O projecto, que agora inaugura renovado, começou há um ano, com a venda de livros usados, “devido à escassez de distribuição e novas edições de autores africanos ou que escrevem sobre o continente”. “Após um ano de dedicação, sentimos a necessidade de elevar o nosso compromisso para um nível mais profissional. Uma das mudanças mais significativas foi a escolha do nome Lulendo, que nos enche de orgulho e cria raízes com a nossa identidade e ancestralidade.”

A programação especial agora anunciada arranca no sábado de manhã, com as boas-vindas às 11.00 e uma sessão de yoga e meditação ao ar livre às 11.30. Ainda no exterior, segue-se um almoço com gastronomia dos Países de Língua Portuguesa (Sáb 12.15), pintura ao vivo (Sáb 14.00) e capoeira (Sáb 14.30). Já a partir das 15.00, estão ainda previstas actividades no piso 1 e 2 do Palácio Baldaya, nomeadamente uma conversa com autores africanos, uma sessão de autógrafos, um momento de contos e fábulas africanas e outro de poesia e spoken word, e ainda um espectáculo de música acústica.

A ideia é dar a conhecer a Livraria Lulendo, que quer promover a riqueza da história e da cultura africana. “Estamos comprometidos em proporcionar conhecimento sobre a história de África escrita pelos próprios africanos e por outros que celebram, enaltecem e honram o passado e o presente contínuo do berço da humanidade.”

Para se juntar à celebração de sábado, o melhor é reservar lugar, inscrevendo-se online. Se quiser abastecer as estantes, fique a saber que o catálogo inclui tanto novos como usados e que encontrará nomes como Angela Davis (A Liberdade É Uma Luta Constante), Carter Godwin Woodson (A Des-educação do Negro), Muryatan S. Barbosa (A Razão Africana: Breve História do Pensamento Africano Contemporâneo), Cheikh Anta Diop (A Unidade Cultural da África Negra) e Chimamanda Ngozi Adichie (Americanah).

Palácio Baldaya, Benfica. 21 Set, Sáb 11.00-20.00. Entrada livre

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