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É uma prova histórica do ciclismo em Lisboa. São 265 metros sempre a dar ao pedal, numa rampa com um declive superior a 17%. Parece pouco? Pense outra vez.
Por uma noite, uma única noite, os turistas vão deixar de fazer fila nos Restauradores à espera que o Elevador da Glória os leve até ao Bairro Alto. Se quiserem mesmo subir, terão de recorrer a outro meio de transporte: a bicicleta. E dar ao pedal. Vai acontecer a 22 de Setembro, o último sábado do Verão, e o motivo é a centenária Subida à Glória.
O ascensor vai parar, os passeios vão encher-se de gente (a julgar pelas edições passadas) e 300 ciclistas, profissionais ou amadores, vão dar prova da sua condição física: subindo 265 metros de estrada, numa rampa com um declive médio superior a 17%. Se nunca tentou subir a pé a Calçada da Glória, não se engane: é muito inclinado.
A Subida à Glória é uma prova histórica do ciclismo em Lisboa. Realizou-se pela primeira vez em 1913, teve edições irregulares até 1926 e foi resgatada do esquecimento em 2013. Ocorre anualmente desde então. Alfredo Piedade inaugurou o pódio, lá nos tempos da I República, mas agora é Ricardo Marinheiro o nome forte: três vezes campeão e detentor do recorde (35,59 segundos). Vanessa Fernandes é a recordista feminina (1,1 minutos).
A organização, a Podium Events, diz que esta é “a mais pequena prova de ciclismo do mundo”. O nível de dificuldade já não é tão reduzido assim: a bater há a inclinação, os carris, o óleo que por lá vai sendo derramado e, se a meteorologia não ajudar, a chuva. Tudo isto é agravado – embora o espectáculo saia a ganhar – pelo facto de o contra-relógio começar às 20.00.
As inscrições abriram esta semana. São gratuitas e podem ser feitas online, mas estão limitadas a 300 ciclistas. O único entrave à participação é a idade: a subida é para a maiores de 16 anos. A organização é omissa quanto ao uso de bicicletas eléctricas, mas apostamos que não são permitidas.
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