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Registe a seguinte informação: pão de queijo até às 03.00 da manhã. E sanduíches de pernil. E picanha. E batidas de côco. O Boteco da Dri é o novo restaurante brasileiro do Cais do Sodré e serve até tarde.
“Temos todos os snacks mais típicos e os pratos mais conhecidos do Brasil. Mas o receituário brasileiro é muito mais do que isso. Queríamos trazer uma versão dos botecos, os pratos de conforto que têm memórias associadas”, explica Renato Castro Santos, gerente deste novo espaço na zona ribeirinha (está no lugar do antigo e clássico Pescaria). O projecto deste restaurante brasileiro foi feito em conjunto com o libanês Daniel Baz, que trocou a Suíça por Portugal com o objectivo de mudar radicalmente de vida e investir em algo completamente diferente da sua área – conheceu Renato, brasileiro, e juntos criaram o Boteco da Dri.
“Há tantos restaurantes de sushi, italianos. Brasileiros não há muitos. Muito menos que não sejam cliché”, justifica Renato, com uma mesa já recheada com pães de queijo com chouriço e linguiça (6€) ou com a versão mais tradicional (5€), feitos de raiz pelo chef Pedro Hazak. Para petiscar com ritmo carioca (e atenção que aqui não se ouve só samba e bossa nova), há pastéis de vento de carne, camarão ou queijo (um mix dos três, 5€) e mandioca frita acompanhada por uma maionese com sriracha (4€).
No menu quiseram explorar as influências estrangeiras da gastronomia brasileira e têm algumas especialidades que pouca gente associaria a esta cozinha. Há, por exemplo, um strogonoff (16€), típico da Polónia mas que Renato comeu durante toda a infância, ou o falafel da Dri (8€) – “a minha única contribuição”, ri-se Daniel, devido às raízes libanesas. Não estranhe a saladinha de polvo (5,50€), aqui feita com um molho vinagrete para temperar carnes.
Naturalmente há picanha, acompanhada com arroz branco e farofa (28€), feijoada brasileira (16€) e picadinho de carne (18€). “E todos os nossos pratos são doses para duas pessoas. A ideia é pedir dois e partilhar”, sugerem os responsáveis. E “uma coisa muito carioca”, reforça Renato: uma sanduíche de pernil com queijo e bacon, feita num pão folhado (10€), que recria a do Cervantes, instituição do Rio, que a faz com abacaxi – bom para um final de noite.
Como digestivo, peça a batida de coco, feita com leite de coco, leite condensado, baunilha e cachaça. Docinho, docinho. “Até parece que estamos no Rio. Ora veja: sai da porta, vê o rio e o Cristo do outro lado”, comenta Renato. É verdade. Boa viagem.
Cais Gás, 19 (Cais do Sodré). 21 346 3588. Ter-Dom 19.00-04.00.
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