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Vim hoje pela outra margem
Para te ver Lisboa, tão viva e alagada de sol quente
Vim pela outra margem para ver como te deitas nos lábios do Tejo sem medo do medo.
Oh Lisboa, os movimentos da vida tu sabes de cor, sabes que a palavra escondida é sempre a melhor...
Lisboa sabes que te quero como o menino quer a voz da deusa que acalma as crianças nas noites de trovoada.
Todos acabamos vivos, Lisboa, no caminho da noite quando sobe, do dia quando desce, nos raios astrais e no teu jardim que floresce nas tranças da luz dos sóis do infinito. Obrigado pelo acesso de água que vem debaixo da ponte que atravesso para te cantar. Sabes que o pesadelo faz parte do sonho, mas também sabes que há-de acabar para não mais voltar a atormentar os teus filhos.
Obrigado Cidade das águas e do sul sempre a correr para o azul.
Olha mais à frente, mais à frente, lá estarão para ti as primeiras rosas e a luz de um tempo novo.”
- Ricardo Ribeiro, Fadista
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