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Foi fundada em Setembro de 2008 e aberta ao público um ano mais tarde. A Casa da Achada - Centro Mário Dionísio celebra uma década com uma programa de seis dias dedicados à obra do escritor com debates, exposições e oficinas para a famílias. De 26 de Setembro a 1 de Outubro faz-se a festa.
Partindo do espólio, interesses e obra de Mário Dionísio, a Casa da Achada, sede do Centro Mário Dionísio, funciona como pólo cultural de Lisboa, cidade em que o escritor, pintor e professor nasceu (1916), viveu e morreu (1993). A Casa dedica uma programação especial à sua primeira década de existência com actividades que arrancam já esta quinta-feira, 26, dia em que inauguram duas exposições. A primeira, às 18.00, é uma mostra de pintura de Mário Dionísio “Pintura Sem Assunto, Dirão os Visitantes”, seguida de uma reconstituição de leitura encenada de textos do autor em 1991, feita por Luis Miguel Cintra.
Às 21.00, inaugura uma exposição de máquinas fotográficas de Vitor Ribeiro, sócio fundador e membro da direcção da Casa da Achada, “Ser fotógrafo e não ter máquina, ter máquinas e não ser fotógrafo”. A mostra é da curadoria de Paolo Barbaro e Claudia Cavatorta, e inclui também imagens de Giuseppe Morandi – a eles juntam-se José Soudo, Renato Roque e Carlos Desirat para uma conversa.
Na sexta, 27, a tarde é dedicada à apresentação das novas listagens do arquivo Mário Dionísio, que passam a estar disponíveis online a partir deste dia (18.00). Às 21.00, é lançada uma edição com três livros de contos do escritor: O dia cinzento e outros contos, Monólogo a duas vozes e A morte é para os outros. Logo depois, há uma leitura a várias vozes do conto Assobiando à Vontade.
As oficinas têm lugar a 29, e a primeira começa às 11.00 – é dedicada à palavra e foca-se em torno de duas conversas, tendo continuidade à mesma hora do dia seguinte. Às 15.00, arrancam os debates "Isto Anda Tudo Ligado", sobre temas como o sentido e o lugar da política, da cultura e das fronteiras. Às 18.00, há festa com comes e bebes, uma actuação de Jagjit Rai Mehta e apresentação do livro Non vado via, de Flora Rabitti. O dia segue com a projecção Giuseppe Morandi da Piadena, de Pierluigi Bonfatti Sabbioni, Massimiliano Osini e Matteo Scaglioni.
No dia 29, há mais conversas (Associar o Quê a Quê e para Quê?, 15.00) e às 18.00 o coro da Achada segue para a concentração pela Habitação, nos Restauradores. O espectáculo de coro volta para a Casa da Achada às 21.00. O dia 30 de Setembro segue com um debate sobre cinema (Filmar Sim, Mas Como e Para Quê?; 18.00) e encerra o dia com o ciclo de cinema ao ar livre – Espaços que Não Têm Lugar, com projecção dos filmes Cavallo Ciao, de Giuseppe Morandi, La nebbia prima che si alzi, de Angelo Rossetti e Michele Paladin e Conheces esta terra?, de Peter Kammerer e Hans Goetze Oxenius, com apresentação e debate.
O último dia de celebração dos dez anos da Casa da Achada terá uma projecção de um vídeo de Margarida Rodrigues sobre o projecto “Kantata de Algibeira” e, à noite, às 21.00, há uma conversa sobre os coletes amarelos em França.
Rua da Achada, 11. 26 de Setembro a 1 de Outubro. Entrada livre.